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Nas manhãs ensolaradas na orla de Santarém, eu aprecio a sístole e a diástole das águas que vem beijar a cidade.

O Rio Tapajos é um poeta a escrever poemas azulados, que celebram a sua saga, a fluir na brisa do sol matinal e pousando nos corações de quem possui olhos santarenos.

O idioma fluviazul se deixa decifrar por quem sabe ler esse dicionário líquido, escrito com letras de beleza e de saudade.

Santarém! Mais que cidade, tua cosmovisão é um sentimento que supera o tempo, pois que inscrita na infinitude que não se deixa explicar e só se vai desnudando aos poucos, quando a santarenidade vai se insinuando, até que suas teias cativam para sempre.

A verdadeira Santarém não é palpável ao primeiro encontro.

Há que se deixar inocular, apreender, aos poucos, como quem se torna da família.

José Wilson Malheiros
Magistrado do Trabalho Aposentado, Advogado, Músico, Poeta, Compositor, Instrumentista, Professor, Jornalista, Diácono e Escritor.

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