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Fui visitar a terrinha
e cheguei de olhos fechados…
A cidade leu meu coração
como se fosse um álbum de recordações,
sussurrou nas minhas saudades,
beijou-me as lembranças
e instilou no meu espírito
antigas paixões que dormitavam,
quase esquecidas,
nos baús do tempo.
Terra querida,
te trago em meu peito,
eterna serenata,
noites de estrelas
enfeitando-me as saudades,
manhãs de sol
iluminando a minha alma…
Sonhei com as tuas magias
e revivi meus verdes anos
banhados de azul e moreno
por essas duas sinfonias de águas
que conversam em tua frente.
Doce terra santarena!
Outros lugares me esmagam
e me matam de melancolia.
Rostos estranhos, paisagens opacas,
como não são as de minha casa.
Até hoje ainda procuro
antigos perfumes e encantos
que fazem parte do meu ser
e o tempo escondeu…
Voltarei para os teus braços de mãe?
Só Deus sabe, Santarém!

*O artigo acima é de total responsabilidade do autor.

José Wilson Malheiros
Magistrado do Trabalho Aposentado, Advogado, Músico, Poeta, Compositor, Instrumentista, Professor, Jornalista, Diácono e Escritor.

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