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No ano passado os americanos criaram o maior bafafá com artigos médicos pregando a ineficácia da mamografia antes do 50 anos. Os nossos médicos, corajosamente, se empenharam em esclarecer à população a diferença gritante entre os EUA e o Brasil no acesso à prevenção e tratamento da saúde, principalmente no combate ao câncer. Mostraram que o exame preventivo já salvou centenas de milhares de vidas e não pode de jeito algum ser dispensado.

Agora, nova investida ianque: livro de psicólogo, amparado unicamente em estatísticas, diz que antidepressivos têm o mesmo efeito que placebo, ou seja, equivalem a comprimidos de farinha. Os psiquiatras brasileiros alertam: deixada a seu próprio curso, a depressão machuca, incapacita para as atividades cotidianas, destrói laços afetivos, solapa a autoestima e pode culminar em suicídio.

O que se percebe é a proliferação de publicações inescrupulosas com o claro intuito de enriquecer à custa de danos irreversíveis à saúde e à própria vida dos outros, cujos autores deveriam ter seus títulos médicos cassados de pronto.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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