A 1ª Vara Cível e Empresarial de Marituba determinou à Guamá Tratamento de Resíduos LTDA, Solvi Participações S/A, Revita Engenharia S.A e Vega Valorização de Resíduos S.A. a realização, pela rede particular de saúde, de consultas, exames e tratamento adequado…

A escalada da violência nas escolas, aliada às fake news que proliferam nos grupos de WhatsApp e redes sociais, estão promovendo o medo e até gerando pânico, a ponto de diretores de escolas de Belém e do interior do Pará…

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, reuniu com representantes de lojistas e trabalhadores da área comercial, para tratar do ordenamento, organização e segurança do centro comercial de Belém. Associação Comercial do Pará, Fecomercio, Sindlojas, Associação Pátio Belém, Comissão dos Lojistas…

Siderúrgica do Pará (Sidepar), Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) e Siderúrgica Ibérica, localizadas no município de Marabá, foram condenadas pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região ao pagamento de danos morais coletivos no valor de R$3…

MARIA JOSÉ

Quando tinha mais ou menos quatro anos meu pai ainda trabalhava no Banco do Brasil, em Santarém.
Então os funcionários reuniram as famílias e saíram para passear na praia.
Nunca mais esqueci daquele domingo.
O barco motor “Mocorongo” era uma imensa cadeira de balanço cortando a maresia e o Tapajós fazia um bigodão cor de garapa na proa.
Com pouco tempo, finalmente chegamos.
A paisagem era um espetáculo quase indescritível.
Estávamos na Praia da Maria José!
As areias brilhando no sol de arder na vista pareciam açúcar refinado e me senti caminhando nas nuvens, na doçura daquela manhã de domingo.
O rio estampava o colorido tradicional. As águas azuis, vitrais transparentes, eram penteadas pelo vento.
De vez em quando os botos boiavam não muito longe de nós, com seus dorsos cinzentos. Era o bailado do amor.
Alguns cachorros vadios nos vigiavam, com olhar de fome, por entre as árvores que faziam sombras na praia.
Mururés bubuiavam ao longe, no seu tempo sem relógio.
O vento murmurejava nos galhos dos cajueiros.
Ao descer pela prancha, trouxe comigo um pequeno balde de brinquedo todo amarelo com estrelinhas azuis e uma pá.
Passamos a manhã entre o banho de rio, as correrias no areal alvinitente e a “pira-se-esconde”.
Quando as crianças cansaram, fomos todos colecionar pedrinhas coloridas, brincar de fazer castelos e bonecos de areia na beira do rio, onde algumas tartaruguinhas nadavam despreocupadas.
Depois do almoço, o sol esquentou e as crianças foram para dentro do barco, embalar na rede ou fazendo de conta que estavam pescando mandis e tralhotos com anzóis improvisados.
Nem passou muito tempo. A boca da noite já estava se abrindo e nos mandando de volta.
A embarcação ia se afastando, aos poucos, da beira do rio.
Olhei para a praia e lá estava meu baldinho colorido, pendurado num galho de cajueiro.
Chorei para que alguém fosse lá buscar, mas não adiantou.
Minha mãe me consolou.
Essa é a lembrança mais terna que tenho dessa praia-mulher, mítica e metonímica.
Voltei lá outras vezes, mas a emoção nunca mais foi a mesma.
Depois, fizeram ali o aeroporto da cidade e os adjetivos da praia foram embarcando, a contragosto, nas asas inexoráveis dos aviões a jato.

Compartilhar

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on vk
Share on tumblr
Share on pocket
Share on whatsapp
Share on email
Share on linkedin

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *