A Alepa realiza nesta quinta-feira, 29, às 9h, sessão especial destinada a debater a questão da pesca no Pará, convidando todas as
instituições públicas, entidades de classe, sindicatos e movimentos sociais
relacionados ao setor, bem como a UFPA e
UFRA, a fim de encontrar alternativas que viabilizem políticas públicas adequadas às
demandas do Estado, de modo a atender as comunidades ribeirinhas
e as expectativas socioeconômicas parauaras.
instituições públicas, entidades de classe, sindicatos e movimentos sociais
relacionados ao setor, bem como a UFPA e
UFRA, a fim de encontrar alternativas que viabilizem políticas públicas adequadas às
demandas do Estado, de modo a atender as comunidades ribeirinhas
e as expectativas socioeconômicas parauaras.
Dezenas de
milhares de famílias
extremamente pobres sobrevivem a partir dos recursos naturais pesqueiros,
muitos em áreas de preservação ambiental, principalmente nas regiões do Marajó,
Salgado, Baixo Tocantins e Baixo Amazonas. O perfil dos extrativistas é de
pescadores, caranguejeiros, turuzeiros (catadores do molusco que vivem em
mangues) e artesãos que utilizam as escamas e a pele do peixe, que dependem de
programas sociais dos governos federal e estadual para garantir a sobrevivência
sem causar danos ao ecossistema.
milhares de famílias
extremamente pobres sobrevivem a partir dos recursos naturais pesqueiros,
muitos em áreas de preservação ambiental, principalmente nas regiões do Marajó,
Salgado, Baixo Tocantins e Baixo Amazonas. O perfil dos extrativistas é de
pescadores, caranguejeiros, turuzeiros (catadores do molusco que vivem em
mangues) e artesãos que utilizam as escamas e a pele do peixe, que dependem de
programas sociais dos governos federal e estadual para garantir a sobrevivência
sem causar danos ao ecossistema.
Apesar de
grande potencial, a criação de peixes tem crescimento lento; é necessário
estimular o consumo interno, agilizar o licenciamento, e a falta de crédito e
tecnologia são entraves no setor.
grande potencial, a criação de peixes tem crescimento lento; é necessário
estimular o consumo interno, agilizar o licenciamento, e a falta de crédito e
tecnologia são entraves no setor.
O banco holandês Rabobank, com forte presença no
agronegócio, estima a produção de 1 milhão de toneladas de pescados em 2022. Além do ambiente favorável à produção, a
demanda estimula a atividade. O consumo no Brasil cresce a uma taxa anual de 9%
desde 2006, mas ainda está abaixo da média mundial e do recomendado pela
Organização Mundial da Saúde. Deve, portanto, continuar aumentando. O movimento
é influenciado pelo aumento da renda e por hábitos mais saudáveis de consumo, uma tendência mundial. A FAO estima que a demanda global por pescados crescerá
em aproximadamente 30 milhões de toneladas até 2030. Com a pesca extrativa
perto do limite – desde 2003 a produção se mantém em 90 milhões de toneladas no
mundo-, a oferta adicional virá da aquicultura.
agronegócio, estima a produção de 1 milhão de toneladas de pescados em 2022. Além do ambiente favorável à produção, a
demanda estimula a atividade. O consumo no Brasil cresce a uma taxa anual de 9%
desde 2006, mas ainda está abaixo da média mundial e do recomendado pela
Organização Mundial da Saúde. Deve, portanto, continuar aumentando. O movimento
é influenciado pelo aumento da renda e por hábitos mais saudáveis de consumo, uma tendência mundial. A FAO estima que a demanda global por pescados crescerá
em aproximadamente 30 milhões de toneladas até 2030. Com a pesca extrativa
perto do limite – desde 2003 a produção se mantém em 90 milhões de toneladas no
mundo-, a oferta adicional virá da aquicultura.
Entre os atuais líderes desse mercado, poucos têm
condições de aumentar a produção de forma significativa. A China, por exemplo,
líder na produção de tilápias, enfrenta aumento nos custos, o que poderia abrir
espaço para o Brasil.
condições de aumentar a produção de forma significativa. A China, por exemplo,
líder na produção de tilápias, enfrenta aumento nos custos, o que poderia abrir
espaço para o Brasil.
Para tanto, o País – e o Pará – precisa de tecnologia e
mão de obra aplicada.
mão de obra aplicada.
Estudo do BNDES sobre o setor, divulgado em 2012,
aponta os principais gargalos à evolução: dificuldades no licenciamento
ambiental, falta de tecnologia e de crédito.
aponta os principais gargalos à evolução: dificuldades no licenciamento
ambiental, falta de tecnologia e de crédito.
O ex-prefeito de Nova York(EUA),
Michael Bloomberg, agora também quer salvar os peixes do Brasil. Ao lado do Chile e
das Filipinas, o País é um dos beneficiados do Vibrant Oceans Initiative,
projeto de US$ 53 milhões lançado pela Fundação Bloomberg
Philanthropies, que busca promover práticas sustentáveis de pesca,
tanto em pequena quanto em larga escala.
Michael Bloomberg, agora também quer salvar os peixes do Brasil. Ao lado do Chile e
das Filipinas, o País é um dos beneficiados do Vibrant Oceans Initiative,
projeto de US$ 53 milhões lançado pela Fundação Bloomberg
Philanthropies, que busca promover práticas sustentáveis de pesca,
tanto em pequena quanto em larga escala.
Problema crescente, a pesca predatória arrasa com áreas importantes e coloca em risco a própria
oferta mundial de frutos do mar. Estimativas da ONU apontam que quase 30% das
populações de peixes correm risco de desaparecer devido à pesca excessiva.
oferta mundial de frutos do mar. Estimativas da ONU apontam que quase 30% das
populações de peixes correm risco de desaparecer devido à pesca excessiva.
Por outro lado, a pele de
peixe está sendo transformada em couro por um grupo de mulheres artesãs da
comunidade pesqueira do Castelo, localizada a 35 Km da sede do município de
Bragança. A tecnologia utilizada por elas foi desenvolvida por Bruno Eiras,
aluno do curso de Engenharia de Pesca da UFPA, que
está sendo acompanhado pela Emater-PA.
peixe está sendo transformada em couro por um grupo de mulheres artesãs da
comunidade pesqueira do Castelo, localizada a 35 Km da sede do município de
Bragança. A tecnologia utilizada por elas foi desenvolvida por Bruno Eiras,
aluno do curso de Engenharia de Pesca da UFPA, que
está sendo acompanhado pela Emater-PA.
O projeto aproveita os
resíduos do pescado e transforma a pele de diversas espécies da região, como
pescada amarela, tainha, corvina e gó, em couro para fabricação de artesanato e
biojoias. A matéria-prima vai do rio Caeté e também da coleta diária em uma
fábrica de pescado existente no município. Lá, a pesca é a principal atividade
econômica da comunidade.
resíduos do pescado e transforma a pele de diversas espécies da região, como
pescada amarela, tainha, corvina e gó, em couro para fabricação de artesanato e
biojoias. A matéria-prima vai do rio Caeté e também da coleta diária em uma
fábrica de pescado existente no município. Lá, a pesca é a principal atividade
econômica da comunidade.
A intenção principal do
projeto é agregar valor à produção e gerar uma nova alternativa de renda para
as famílias. Segundo dados da Emater-PA, a maior parte da pele do pescado
utilizado pelas artesãs é recolhida da fábrica, sem qualquer custo e com total
aproveitamento do produto, que antes era descartado. O aproveitamento do
resíduo também contribui com a redução dos impactos ambientais. Toda a pele do
peixe descartado da fábrica ia parar no lixão da cidade, com riscos de
contaminação humana por meio de roedores e outros insetos.
projeto é agregar valor à produção e gerar uma nova alternativa de renda para
as famílias. Segundo dados da Emater-PA, a maior parte da pele do pescado
utilizado pelas artesãs é recolhida da fábrica, sem qualquer custo e com total
aproveitamento do produto, que antes era descartado. O aproveitamento do
resíduo também contribui com a redução dos impactos ambientais. Toda a pele do
peixe descartado da fábrica ia parar no lixão da cidade, com riscos de
contaminação humana por meio de roedores e outros insetos.
Em média, a produção de cada
metro de couro exige a utilização da pele de oito pescadas amarelas. Por metro
de couro comercializado, o pescador pode receber até R$ 100. Por quilo do
pescado in natura a família consegue em torno de R$ 18. A utilização do couro
do peixe para a fabricação de produtos apresenta, entre outras vantagens,
acessibilidade à matéria-prima, resistência e flexibilidade, aparência e estilo
naturais do couro, o que acrescenta um diferencial ao produto em relação a
outros couros, como o da cobra, por exemplo.
metro de couro exige a utilização da pele de oito pescadas amarelas. Por metro
de couro comercializado, o pescador pode receber até R$ 100. Por quilo do
pescado in natura a família consegue em torno de R$ 18. A utilização do couro
do peixe para a fabricação de produtos apresenta, entre outras vantagens,
acessibilidade à matéria-prima, resistência e flexibilidade, aparência e estilo
naturais do couro, o que acrescenta um diferencial ao produto em relação a
outros couros, como o da cobra, por exemplo.
Para a confecção dos
produtos, a Emater-PA vem capacitando os pescadores por meio de cursos e oficinas
de aprimoramento das técnicas. Também são testadas novas peles de peixe, que
revelam possibilidades de utilização, com sucesso, na confecção de sandálias, cintos e bolsas.
produtos, a Emater-PA vem capacitando os pescadores por meio de cursos e oficinas
de aprimoramento das técnicas. Também são testadas novas peles de peixe, que
revelam possibilidades de utilização, com sucesso, na confecção de sandálias, cintos e bolsas.
A questão é interessantíssima e merece atenção. A iniciativa de puxar o debate na Alepa é conjunta, do presidente da Casa, deputado Márcio Miranda(DEM), e do Ouvidor e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Raimundo Santos(PEN). Vale a pena participar.
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