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A equipe multidisciplinar do centro obstétrico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém (PA), vivenciou uma experiência rara e emocionante: o parto empelicado. Imaginem um bebê nascendo dentro da placenta intacta, com os movimentos visíveis, praticamente ainda no meio intrauterino, em contato com a mãe. Esse fenômeno extraordinário – cuja ocorrência a literatura médica aponta uma vez a cada 80 mil nascimentos –  acontece quase sempre em cesarianas, porque em geral a bolsa se rompe quando o bebê é expelido pela vagina. E quando em partos normais, na maior parte das vezes o bebê é prematuro. Pois na Santa Casa do Pará, além de ter sido em parto normal, eram gêmeos e um deles veio ao mundo dentro da bolsa e envolto no líquido amniótico.

Miguel e Gabriel são filhos da neuropsicóloga Carolline Sanches, 29 anos, e do técnico de enfermagem Mariano Alves. Miguel nasceu às 10h55n com 2,300 quilos e 44 centímetros; Gabriel, às 10h57, com 2,160 Kg e 42 cm. O pai dos gêmeos participou ativamente do nascimento dos filhos, em momento de extrema emoção gravado em vídeo: foi ele quem rompeu a bolsa amniótica que envolvia Gabriel.

Carolline contou que fez o pré-natal no Ambulatório da Mulher da Santa Casa e manifestou sua gratidão pelo atendimento que ela e os bebês receberam dos profissionais, que ainda presentearam a família com uma arte da placenta. Batizado de “A emoção do parto eternizada”, o projeto começou a ser implantado na unidade em julho deste ano e integra a estratégia do setor de obstetrícia do hospital, reconhecido como Amigo da Criança. Depois de higienizada, a placenta recebe tintas à base de água, depois é carimbada em uma folha de papel cartão, e entregue na alta hospitalar.

A Santa Casa de Misericórdia do Pará é referência no atendimento à gestação de alto risco e realiza mais de duzentos partos gemelares por ano. Mantém atendimento porta-aberta 24 horas, recebe diariamente gestantes de todo o estado e conta com quatro salas cirúrgicas exclusivas para a obstetrícia e dez salas de PPPs (pré-parto, parto e pós-parto) estruturadas com barra de ling, camas PPP, cavalinho, bolas de pilates, banquetas e disponibilidade de água morna, entre outras condições, onde é trabalhado o parto de forma humanizada.

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