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O abandono de
centenas de famílias desalojadas e à espera de remanejamento por causa da paralisação
das obras de infraestrutura e habitação do PAC em Belém, desde 2010, será
denunciado à OEA, além de ao MPE e ao MPF, para que ajuízem ações cobrando
indenização por dano moral coletivo. E amanhã, às 13h, uma comissão de
deputados e de representantes das comunidades vai ao secretário especial de Estado
 de Infraestrutura e Logística de Desenvolvimento Sustentável, Vilmos
Grunvald. Essas foram as deliberações da sessão especial de ontem, na Alepa, iniciativa
do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL). 
As sete obras somam
quase R$ 316 milhões, a maior parte recursos federais que serão devolvidos à
União, caso os problemas de execução não sejam resolvidos pelo Estado e pela
Prefeitura, segundo o superintendente em exercício da Caixa Econômica Federal,
João Hugo Barral. Ele disse que, ao todo, está contratada a construção de 2.385
unidades habitacionais pelo PAC em Belém.
As pontes e as casas
de madeira estão literalmente caindo sob os pés e nas cabeças das famílias. Há muitos
idosos em situação delicada. O baixo valor do auxílio-moradia pago às famílias
que já foram retiradas de suas casas é insuficiente para pagar o aluguel,
muitas famílias estão passando necessidades, separadas ou vivendo de favor na
casa de parentes. 
No ano passado, em sessão especial para
debater o problema e reunião com o governo do Estado, foi anunciado um
cronograma de retomada das obras, que não foi cumprido. Com a chegada das
chuvas, ocorrerão os alagamentos e aumento de riscos e doenças
“,
destacou Edmilson. A própria Cohab aponta que as obras do PAC estão na estaca zero no Riacho Doce I e na
segunda etapa da Vila da Barca, amargam 1,34% no Pantanal, 45% no Riacho Doce
III, e 41% no Taboquinha, entre outras.
Também participaram da
sessão o secretário municipal de Habitação, Osvaldo Gonzaga, centenas de
integrantes do Fórum de Entidades e Moradores das Áreas do PAC-Belém (Fema-PAC),
os deputados Márcio Miranda (DEM), Hilton Aguiar (PSC) e Edilson Moura (PT) e a
vereadora eleita Marinor Brito (PSOL).
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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