Afirma-se, com toda a razão, que hoje em dia o que não sai publicado na imprensa, não existe. Então, com a finalidade de deixar gravado para o futuro, dou a público, agora, aproveitando a ocasião, um fato que merece ser mencionado na biografia do maestro.
Neste vinte e quatro de março o Maestro Wilson Fonseca (Izoca) completou sete anos de falecido. No início do ano passado um grupo de interessados manifestou a vontade de conhecer melhor a ópera do compositor, que tem libreto e arranjo orquestral de minha autoria, pois Izoca, ao encerrar essa obra, infelizmente não teve mais condições físicas de fazer a orquestração.
Em uma das reuniões, um fato incomum aconteceu. Veja o texto da declaração que tenho em meu poder:
“DECLARAMOS que no mês de abril/2008 estivemos reunidos, uma tarde, na residência de José Wilson Malheiros da Fonseca, em Belém Pa., mais precisamente da dependência que ele denomina de “gabinete”.
Passamos a tarde vendo e escutando as partituras da ópera Vitória Régia, um Amor Cabano, música de Wilson Fonseca (Izoca).
Estavam presentes, entre outras pessoas, Célia Maracajá, Luiz Arnaldo, Maestro Martinho Lutero (brasileiro, que vive na Europa), José Wilson e sua esposa Damea.
Quando acabamos de ver, escutar e comentar o libreto e as partituras, mais ou menos pelas seis da tarde, o computador foi totalmente desligado. Não havia, na casa, mais nenhum aparelho eletrônico ligado, nem rádio, nem televisão, aparelho reprodutor de CD, cassete etc, estando também a máquina filmadora da Célia (que nem foi usada nessa ocasião), desligada. Tudo isto foi verificado minuciosamente pelos presentes.
Em dado momento começamos a escutar, dentro do gabinete, com grande nitidez e com razoável volume, uma voz de tenor operístico a cantar uma ária que não conseguimos identificar.
Ao chegarmos perto da “voz” sentíamos como se estivéssemos perto do “cantor”. Todos ficaram perplexos.
Esse fenômeno durou mais ou menos meia hora. A sensação era de que alguém, que não podíamos ver (apenas escutar) estava ali bem próximo de nós, cantando, mesmo.
Atestamos que o acima relatado é verdade.
Assinam o documento como testemunhas presenciais (tudo reconhecido em cartório):
Luiz Arnaldo Dias Campos, produtor cultural, cineasta. Célia Maracajá, produtora cultural, atriz. Damea Gorayeb S. Fonseca, professora”.
A coincidência se repete: no início do século vinte, como atesta bibliografia abundante, um maestro e professor recém chegado da Itália também assistia, em companhia de pessoas ilustres da sociedade da época, os fenômenos espirituais que ocorriam em Belém na casa do casal Eurípedes e Ana Prado.
O maestro era Ettore Bosio, que inclusive bateu algumas fotos que estão na internet.
Fica, portanto, registrado o fato. Onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos. Fique à vontade para emitir sua opinião sobre o fato.
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