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A Polícia Civil do Pará apreendeu, na última quarta-feira, 30 de abril, cerca de 180 quilos de entorpecentes escondidos em um terreno na comunidade de Ajarapema, no município de Cametá. A ação foi coordenada pela Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) em conjunto com a Delegacia de Polícia Fluvial (DPFLU/DRCO) e contou com o auxílio decisivo da cadela farejadora Kyra.

A operação partiu de uma investigação iniciada com base em informações de inteligência que apontavam uma residência às margens do Rio Tocantins como possível ponto de apoio ao tráfico fluvial de drogas. O local funcionaria como mocó (gíria policial para esconderijos usados temporariamente por traficantes, sobretudo durante a troca de embarcações utilizadas para transportar os entorpecentes).

As buscas começaram após a chegada recente de uma embarcação à área, segundo relatos recebidos pelas autoridades. Quando os agentes chegaram ao imóvel investigado, encontraram a casa vazia, mas com sinais evidentes de recente ocupação, o que reforçou as suspeitas de uso intermitente para fins criminosos.

Foi então acionada a cadela Kyra, especializada em detecção de entorpecentes. Apesar da ausência inicial de indícios aparentes, o faro preciso da pastora belga-malinois foi fundamental para encontrar os tabletes de drogas que estavam enterrados em um terreno próximo à residência.

Os policiais localizaram sacos contendo grandes quantidades de substâncias análogas ao oxi e à maconha, com peso total estimado em 180 kg. O material foi apreendido e encaminhado à sede da DENARC, em Belém, onde será submetido à perícia técnica.

O tráfico de drogas por rotas fluviais é uma das principais formas utilizadas por organizações criminosas na região Norte do país. A complexidade geográfica da Amazônia, com extensa malha hidrográfica, é explorada por facções para escoar entorpecentes provenientes de outros estados ou países vizinhos.

Foi instaurado um inquérito policial para apurar a autoria do crime e identificar os responsáveis pela droga e pelo esquema logístico que envolvia o uso do imóvel como entreposto. As investigações devem se concentrar em eventuais conexões com grupos organizados e em identificar rotas e financiadores do transporte.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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