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Muita gente não sabe que o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (Av. Perimetral, 2561, em Belém) é o primeiro a entrar em operação na Amazônia e que lá estão acontecendo verdadeiras revoluções. Os avanços aumentaram com a inauguração do Espaço Inovação, em junho do ano passado. O ambiente já tem oito startups, além de seis laboratórios avançados de pesquisa e desenvolvimento, quatro ligados à Universidade Federal do Pará (UFPA) e dois à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O parque foi construído em uma área de 73 hectares cedida pela UFPA e pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

As oito primeiras startups selecionadas são Green Process, Security Car, Educasoftware, Açaí Pai D’égua, Vigha, Posti, Gestor de Negócios e Trato.
Entre os espaços abrigados estão o Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da Amazônia e os laboratórios de Engenharia Biológica, de Instrumentação para Produtos Agroindustriais, de Óleos Vegetais e Derivados, de Fitossanidade e Manejo e de Sensores e Sistemas Embarcados, e o 
Agregação de Valor para Produtos

Funcionam lá o Projeto de Qualificação para Exportação, programa da Apex-Brasil, operado localmente pelo PCT Guamá, destinado a fomentar a cultura exportadora e auxiliar os que estão iniciando no mercado externo; uma unidade de negócios que ajuda no acesso a serviços de captação de recursos, propriedade intelectual e promove aproximação com investidores; e há, ainda, as facilidades do i connect, ambiente virtual que conecta pesquisadores, estudantes e profissionais para o fortalecimento do ecossistema do empreendedorismo inovador. 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); o Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon); o Laboratório de Alta Tensão; o Laboratório da Qualidade do Leite; além do laboratório Agroindustrial (Agroind/ Embrapa), que oferece análises de produtos da biodiversidade, também estão abrigados no espaço. 

Uma dessas inovações é o o Fab Lab Belém, que iniciou as atividades ontem, integra a rede mundial de fab labs e atua na fabricação digital, educação e desenvolvimento de projetos. A inauguração teve palestras focadas em fabricação digital, economia criativa, cultura, música e interatividade eletrônica; feira maker, com a exposição de próteses artesanais e de fabricação digital do Laboratório de Terapia Ocupacional da Uepa, de pedais de efeito e guitarra DIY (faça-você-mesmo) e impressoras 3D. O nome fab lab vem da abreviação em inglês para o termo “laboratório de fabricação”. É um lugar onde as pessoas podem desenvolver os próprios equipamentos, máquinas, programas, objetos ou peças. Ainda neste mês começa a oferecer os cursos “Modelagem 3D” e “Impressão 3D”. 

Definidas a partir das vocações do Pará e das competências regionais instaladas, as áreas estratégicas de atuação do PCT Guamá são focadas em Biotecnologia; Tecnologia da Informação e Comunicação; Energia; Tecnologia Ambiental e Tecnologia Mineral. Os recursos investidos na construção e consolidação do PCT são do Governo do Estado, através da Sectet, em parceria com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. A gestão administrativa, financeira, física e ambiental do PCT Guamá é pela Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá. O diretor presidente do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá é Antônio Abelém.  

Conforme o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica, Alex Fiúza de Mello, para ocupar uma estação de trabalho no parque tecnológico é só participar do processo seletivo. A ideia é que a cada seis meses seja iniciado um novo ciclo, com a seleção de novos empreendimentos. Os interessados podem acessar o edital de ocupação, disponível aqui .
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Lago do Iripixi, em Oriximiná (PA).

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