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Uma ampla rede de produção, armazenamento e compartilhamento de material de exploração sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material) foi alvo de operação em vinte estados brasileiros e no Distrito Federal, ontem (31). Os criminosos se comunicavam com crianças e adolescentes em plataformas digitais, como chats de jogos e redes sociais, manipulando as vítimas para que criassem conteúdos de nudez que eram posteriormente divulgados. Houve busca e apreensão em Abaetetuba (PA) de um aparelho celular contendo vasto material relacionado à pornografia infantil, o que ensejou a prisão em flagrante de um homem, no bairro Aviação.

A operação Lobo Mau foi deslanchada por uma força-tarefa envolvendo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) do Ministério Público do Pará, a Superintendência Regional Polícia Civil do Pará no Baixo Tocantins (4ª RISP), a Homeland Security Investigations (HSI) e a Embaixada dos Estados Unidos, além das Polícias Civis e Ministérios Públicos de diversos estados, como Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. As Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso também colaboraram com a operação. Foram cumpridos 94 mandados de busca e um mandado de prisão, apreendidos dispositivos eletrônicos e outros equipamentos usados na prática criminosa. No total, 36 pessoas foram presas: 35 em flagrante e uma com prisão temporária.

Os criminosos, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados como o Telegram, Instagram, Signal e WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

O nome da operação faz referência ao criminoso que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a sua confiança e depois atacá-la, situação potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.

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