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O Instituto Fogo Cruzado lança nesta segunda-feira (9) o relatório mensal da violência armada na região metropolitana de Belém do Pará. Em maio de 2025 foram registrados 50 tiroteios, que deixaram 50 pessoas baleadas. Dessas, 42 morreram e oito ficaram feridas. Entre estes, seis agentes de segurança, e três morreram.

Logo no dia 1ª de maio o policial militar Eduardo de Almeida e Silva foi assassinado com um tiro na nuca durante assalto a uma farmácia no Conjunto Cidade Nova V, em Ananindeua. No dia 10 o policial civil Ediel Bittencourt sucumbiu a 12 tiros no bairro do Guamá, em Belém. Dia 19 o PM Rodrigo Alves Ferreira foi abatido em frente a uma academia, também em Belém. Dia 20 um PM não identificado foi baleado mortalmente no bairro União, em Marituba. Dia 26 o PM Lucas da Silva Monteiro foi morto no bairro Florestal, em Santa Izabel do Pará. E no dia 29/05 o PM Walter da Silva Barra foi morto no bairro Icuí, em Ananindeua.

A coleta de dados foi realizada entre os dias 1º e 31 de maio de 2025. As informações também estão disponíveis na API do Instituto e podem ser consultadas de forma aberta e gratuita.

Belém foi o município com maior número de tiroteios (31) e de pessoas baleadas (28). Confiram a distribuição da violência armada por município da região metropolitana de Belém, em maio:

Belém: 31 tiroteios, 24 mortos e 4 feridos

Ananindeua: 8 tiroteios, 8 mortos e 2 feridos

Barcarena: 3 tiroteios e 3 mortos

Santa Izabel do Pará: 3 tiroteios, 2 mortos e 1 ferido

Benevides: 2 tiroteios e 2 mortos

Marituba: 2 tiroteios, 2 mortos e 1 ferido

Castanhal: 1 tiroteio e 1 morto

Entre as motivações dos tiroteios, ações policiais seguem como principal causa, sendo responsáveis por 28 das 50 ocorrências (56%). Em seguida, os homicídios ou tentativas de homicídio (15) e os roubos ou tentativas de roubo (10). Também foram registradas duas brigas e um sequestro/cárcere privado.

“A atuação policial é um dos principais vetores da violência armada na região metropolitana de Belém. O alto número de agentes baleados em maio reforça a necessidade de revisão dos protocolos de operação e do uso da força. É fundamental garantir a integridade tanto da população quanto dos próprios agentes. Precisamos construir uma política de segurança que defenda a vida, acima de tudo”, afirma Eryck Batalha, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado no Pará.

Acessem o relatório completo aqui.

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