Há 5 anos o Ipea publicou estudo sugerindo a implantação de um hub port (concentrador de cargas) no Brasil. Está passando da hora de o Pará reivindicar ser escolhido, pela localização geográfica estratégica, perto do produtor e do mercado internacional.
A ineficiência logística custa ao Brasil US$ 4 bilhões/ano. O cálculo, apresentado na semana passada, durante o congresso Crop World South America, é baseado na projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que aponta produção de 147 milhões de toneladas para 2010 e perda de 10% do volume produzido. Leva em conta perdas geradas na colheita, no transporte – como manuseio e trocas de modal -, na armazenagem e, em menor escala, nos segmentos de varejo e consumo.
Com US$ 4 bilhões, dá para construir 4 portos com 16 berços de atracação, ou 20 terminais de fertilizantes iguais ao que já existem em Santos, ou, ainda, dragar 5 metros em pelo menos 33 pontos de atracação, o que aumentaria a capacidade de receber embarcações e diminuir as filas de navios nos portos brasileiros.
Além de reduzir custos e tempo, utilizar a navegação de modo eficiente tem a grande vantagem de tirar caminhões e carretas das rodovias e das cidades, o que significa redução de emissões de dióxido de carbono e melhor qualidade de vida para todo mundo.
