A data remonta ao Império: em 7 de abril de 1831 o imperador Dom Pedro I abdicou, no ápice de um movimento popular cujo estopim foi o assassinato de João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, por motivos políticos, em São Paulo, em 22 de novembro de 1830.
Esse dia foi escolhido por Gustavo de Lacerda, em 1908, para marcar a fundação da Associação Brasileira de Imprensa, que instituiu o Dia do Jornalista nas comemorações de um século da Abdicação, em 1931. A ABI completa hoje 109 anos, fiel aos princípios que inspiraram sua criação e nortearam sua atuação ao longo da História, vigilante na defesa dos direitos fundamentais do regime democrático.
Neste momento ímpar da vida nacional, mais uma vez os jornalistas têm relevante papel a cumprir na luta pela consolidação da liberdade de expressão, um dos pilares do Estado de Direito. É dia de reflexão sobre a importância do jornalismo para o futuro do País.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) lançou no sábado passado, 4, um relatório em que menciona casos de agressão e ameaças a jornalistas e denuncia a impunidade de crimes contra a imprensa. Os casos de violência são rotineiros. Ataques a jornalistas são em múltiplas formas e provêm de diversos setores. Os casos mais frequentes incluem abusos físicos, ameaças, insultos, intimidações e vandalismo.
Exemplo de intolerância em relação à liberdade de imprensa mencionado no relatório é o ataque à sede da Rede Gazeta de Vitória, no Espírito Santo, na madrugada do dia 9 de fevereiro. O prédio da empresa recebeu quatro tiros que não feriram ninguém, mas durante vários meses tanto a empresa quanto seus profissionais foram vítimas de ameaças devido à cobertura da greve da polícia que paralisou o estado.
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