Está prevista para o próximo dia 25 a entrega do Centro Cultural Palacete Faciola, que após restauro completo será a nova sede do Museu de Imagem e do Som (MIS) e do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC) da Secretaria de Cultura do Pará.
Os acervos do MIS e do DPHAC incluem mobiliário, biblioteca para pesquisas, equipamentos audiovisuais e sonoros, coleções importantes do cinema regional, dos anos 1950 até 2000, além de 4.460 mídias sonoras em fitas K7, discos de vinil e CD’s; e 4.485 mídias audiovisuais, que englobam fitas VHS, rolos de películas 35mm/16mm, DVD’s, fitas mini DV e DV Cam e HD Cam. O museu ainda preserva seiscentas fotografias de acesso público e quinhentos materiais impressos.
As principais obras que compõem a coleção do museu são longas-metragens e documentários de Líbero Luxardo; cine jornais de Milton Mendonça; documentário do Museu do Marajó, de autoria do padre Giovanni Gallo; partituras, músicas, cartas e fotografias do maestro Waldemar Henrique e de Altino Pimenta; cartazes de filmes de Pedro Veriano; depoimentos de figuras públicas paraenses; filmes paraenses contemporâneos e filmes brasileiros da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
O diretor do MIS, Januário Guedes, adianta que no primeiro momento serão realizadas duas exposições, compostas por maquetes históricas de Belém e objetos do cinema e audiovisual, que fazem parte das peças fixas do museu. Em curto prazo, pretende promover sessões de cineclube; o médio e longo prazo são pensados para pesquisas feitas por professores e estudantes, juntamente com a criação de ações sobre de educação patrimonial para alunos de escolas públicas.
Após 50 anos de criação do MIS, a expectativa é de que o patrimônio tenha, de forma permanente, a estrutura e ferramentas adequadas para o manuseio. “Vamos contar com parâmetros e equipes preparadas para diagnosticar, recuperar, conservar e difundir nosso acervo audiovisual. O Museu da Imagem e do Som tem um diferencial, porque possui um perfil de base tecnológica, depende de instalações apropriadas e aparatos tecnológicos”, explica Januário, cineasta.
Já o DPHAC funcionará com a estrutura organizacional de arquivos e uma biblioteca especializada, que consiste em processos, plantas, fotografias, livros, folhetos, periódicos e slides – cuja finalidade é disponibilizar o acervo para pesquisas, análises e atividades educativas patrimoniais.
Haverá, ainda, espaço expositivo sobre o Palacete Faciola, que é integrado por três edificações, com mobiliário histórico e descrição do processo de restauro. Construído em 1901 por Antônio de Almeida Faciola e considerado um dos maiores acervos da “Belle Époque” em Belém do Pará, fica localizado na esquina da Av. Nazaré com a Trav. Dr. Moraes. O belíssimo prédio histórico passou nada menos que dezoito anos fechado e em ruínas. Em 2009, recebeu algumas obras de reforço estrutural; depois, em 2016, foi submetido a uma intervenção, quando foi executada a revisão da cobertura e a construção de novos sistemas de cobertura para as casas 2 e 3. Em 2019 foi instalado um sistema de drenagem da área externa das 3 casas, além do levantamento e catalogação dos azulejos da fachada. E em 2020 foi finalmente licitado o total restauro pelo Governo do Pará.
Parabéns pela iniciativa de preservação dos patrimônios históricos, tanto físico como cultural de Belém e do Pará!