O médico neurocirurgião e piloto de aviões Erik Jennings, juntamente com sua esposa Cris, seus filhos, e seu irmão, o chef Saulo Jennings, também acompanhado de sua família, mostrou em suas redes sociais um projeto de preservação ambiental por eles mantido, em Santarém, que é um exemplo de compromisso com a natureza, com a educação ambiental e com a própria vida no planeta.
O Bosque Paju é o “quintal” da família Jennings, um espaço que eles chamam de lar e que supervisionam com carinho e dedicação. A área de floresta nativa com mais de 10 hectares é tutelada há 24 anos pela família Jennings Simões, que compartilha a missão de cuidar e preservar esse refúgio verde em meio ao avanço urbano. O bosque, composto por uma rica mistura de floresta primária e cerrado florestado, oferece refúgio para diversas espécies de animais e plantas, algumas raras, tornando-se um importante banco de sementes para a preservação da flora local. A família realiza atividades de educação ambiental, promovendo a conscientização ecológica e incentivando uma relação mais próxima e respeitosa com o meio ambiente.
Para Erik Jennings, o projeto vai além da simples preservação da natureza; trata-se de um compromisso de vida. “Onde a gente mora, a gente preserva”, afirma Jennings, destacando a importância do Bosque Paju como um espaço de aprendizado e interação com a natureza. A dedicação da família transformou o local em um verdadeiro tesouro ambiental, que resiste ao avanço da urbanização e da destruição ao redor, mantendo viva uma área de floresta primária em pleno centro urbano.
No último fim de semana, o Bosque Paju recebeu 110 jovens das paróquias de Santíssimo e São Sebastião para uma atividade de educação ambiental. Organizado pelo Frei Messias e pela equipe de catequistas, o evento permitiu que os adolescentes explorassem o bosque e aprendessem sobre a importância da floresta amazônica para a biodiversidade e o clima.
Durante a visita, os jovens foram guiados por membros da própria comunidade local, que têm papel fundamental na preservação e no compartilhamento de conhecimentos sobre o ecossistema amazônico. A atividade proporcionou uma experiência imersiva, mostrando aos adolescentes como a floresta funciona como um “grande supermercado” para as populações tradicionais da Amazônia, oferecendo recursos essenciais e uma fonte de vida sustentável.
Erik Jennings conta que a visita foi um momento gratificante, em que muitos dos jovens se encantaram ao conhecer as possibilidades que a floresta oferece. Para eles, o contato direto com a natureza permite uma compreensão prática sobre a importância de preservar esse ambiente único e as consequências que o desmatamento traz para o clima e a sobrevivência das populações locais.
Além de servir como espaço de educação ambiental, o Bosque Paju também desempenha um papel essencial como refúgio para animais e local de pesquisa científica. Com o avanço urbano, muitas espécies nativas encontram no bosque um espaço seguro para viver e se reproduzir. A área também desperta o interesse de universidades e pesquisadores, que veem no Bosque Paju um campo potencial para estudos sobre ecologia e biodiversidade, ampliando o impacto positivo do projeto.
A família Jennings vê a preservação do bosque como uma responsabilidade para com as gerações futuras. “Ela é o nosso quintal, nosso território, que temos a felicidade de compartilhar com as gerações do agora e do futuro”, comenta Erik. A continuidade desse trabalho é um sinal de resistência, em que a família assume o papel de guardiã dessa área natural que não só representa um santuário ecológico, mas também uma herança cultural e ambiental para Santarém.
O projeto do Bosque Paju é um exemplo inspirador de como iniciativas privadas, em conjunto com a comunidade, podem contribuir para a preservação ambiental. Em um cenário onde a destruição de florestas e o desmatamento ameaçam a Amazônia, o Bosque Paju mostra que é possível conservar e valorizar o meio ambiente, mesmo em áreas urbanizadas.
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