O Parque Zoobotânico Mangal das Garças tem novas atrações: uma coruja caburé, um gavião, um socozinho e dois quero-queros, todos ainda filhotes.
A coruja caburé (Glaucidium brasilianum) foi resgatada no município de Curuçá e conduzida ao Mangal por meio de órgão ambiental. A ave é uma espécie totalmente nova dentro do Parque. Apesar de ser um animal pequeno, que cresce em média 8 cm de comprimento, a ave caça presas de até três vezes o seu tamanho. A corujinha chegou com uma deficiência na pata e está sendo tratada pela equipe técnica. Futuramente, irá compor o projeto de educação ambiental do Mangal.
O mais novo filhote de Socó (Butorides striata), resgatado dentro do próprio Parque, onde há reprodução natural do espécime, está com fratura na asa, por isso precisou de tratamento e imobilização. O animalzinho foi suplementado e está começando a voar, mas precisará de constante acompanhamento.
O gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) foi resgatado ainda bem pequeno, na área do prédio da Marinha, ao lado do Mangal. É o menor gavião do país, mede entre 20 e 28 centímetros de comprimento e pesa entre 94 e 102 gramas, sendo a fêmea um pouco maior que o indivíduo do sexo masculino. “A gente se surpreendeu, porque não sabíamos que tinha ocorrência dessa espécie aqui ao lado do Parque. Recebemos devido ele estar sozinho e não ter condições de sobrevivência”, comenta Camilo Gonzalez, veterinário do Mangal.
Já os dois filhotes de Quero-quero (Vanellus chilensis) foram deixados no portão por um grupo de jovens. Essas aves têm ampla ocorrência na região e se adaptam muito bem à vida com o ser humano. “O quero-quero, desde o primeiro dia, já é bastante independente. Eles já correm, se escondem, comem sozinhos. Diferente dos gaviões e das corujas, que precisam de cuidados. Então, às vezes, acontece que a pessoa está andando e vê um bichinho desse tamanhinho e pensa que está órfão, que está sozinho, não vê os pais por perto e acaba pegando, que foi o que aconteceu”, afirma o veterinário.
Apesar do reconhecimento nacional pelo trabalho realizado com animais, especialmente em reprodução e reabilitação de aves, a direção do Mangal das Garças sempre alerta que o local não tem autorização para receber animais. O procedimento correto para casos de resgate é a entrega aos órgãos ambientais responsáveis, como a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
“Nós estamos em uma cidade de contato muito próximo à floresta, e ocorrências como filhotes órfãos machucados, por diversas circunstâncias, são comuns. Por isso, sempre indicamos que, caso sejam encontradas aves filhotes sozinhas, antes do resgate faça uma análise nos arredores, se há ninho ou se os pais estão por perto. Faz parte do processo da ave, sair do ninho, cair, e voar de novo. Caso seja necessário o resgate, acionem os órgãos competentes”, pontua Gonzáles.
O Mangal das Garças fica na rua Carneiro da Rocha, s/nº, na Cidade Velha, em Belém – PA, tem diversificada fauna e flora que podem ser contempladas de terça a domingo, das 8h às 18h.
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