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Foto Raimundo Dias
O jornalista Walmir Botelho D’Oliveira, ex-diretor de redação do jornal O Liberal, se foi, ontem. Falar de sua perda remete ao seu jeito monossilábico de ser. Muitas vezes me agoniei ao telefone com seu “hum”, que não passava disso nem dava indicação alguma se era de assentimento ou discórdia. Pessoalmente, também era de poucas palavras. Nos conhecemos há um bocado de tempo, mais de 20 anos, e nosso relacionamento era profissional, eu como assessora de comunicação tentando emplacar matérias ou notas, sugerindo pautas. Sempre me recebeu muito bem, em todas as vezes em que o visitei na redação. Até me dava cafezinho e conversava sobre assuntos variados. Walmir era temido pelos focas na redação, por seu rigor. Mas sem dúvida sempre foi respeitado e admirado por todos, por sua capacidade profissional. Liderando uma equipe numerosa em uma época em que não havia a ligeireza da internet, com as suas facilidades para transmissão de informação, a luta diária com quilômetros de matérias via fax, as horas ao telefone em busca de notícias quentes, a sondagem às fontes, as madrugadas no fechamento das edições, Walmir Botelho marcou um tempo no jornalismo. Oriundo do Correio Braziliense e da Folha do Norte, ele fez de O Liberal seu último front. Todos os colegas que trabalharam com ele são unânimes no testemunho à sua seriedade, competência, responsabilidade, ao seu amor ao jornalismo. Dou também meu testemunho, com o sentimento de perda de uma pessoa de grande valor. Adeus, Walmir! Vai em paz, que Deus te receba na eternidade e conforte tua família.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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