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O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Onde um congressista presidiário passa o dia legislando – pelo menos em tese, ditando normas de conduta para a nação -, e à noite contrabandeia guloseimas dentro da cueca para a cadeia onde se recolhe. Onde o presídio que abriga políticos e empresários graúdos presos pela Operação Lava Jato recebe quentinhas gourmet de restaurantes da zona sul do Rio. Com um detalhe elegante: as quentinhas das mulheres de políticos em temporada na prisão são em doses reduzidas, adequadas à manutenção da silhueta. Onde assalariados ou profissionais liberais são multados severamente pela Receita Federal se deixarem de declarar R$100, mas gente que sempre foi pobre, não ganhou na loteria e ostenta estilo de vida milionário não é incomodada.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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