Publicado em: 27 de abril de 2025
O Conselho Nacional do SESI, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e o SESI Pará realizaram, nos dias 15 e 16 de abril, uma série de atividades voltadas à valorização da educação e dos saberes tradicionais nos municípios de Altamira e Vitória do Xingu, no Pará.

No dia 15, a comitiva visitou a Escola Kirinapan Kuruaya, no bairro Tavaquara, em Altamira, onde realizou a entrega de kits de robótica educacional para estudantes das comunidades Xipaya, Kuruaya, Juruna e Parakanã, além de filhos de ribeirinhos e pescadores.
Durante a cerimônia de entrega, crianças e jovens realizaram apresentações de danças tradicionais indígenas, expressando de maneira viva a força de sua identidade e reafirmando o protagonismo dos povos originários da Amazônia.

O presidente da FIEPA, Alex Carvalho, destacou a importância do projeto: “O SESI atua como um verdadeiro agente de transformação nesses territórios, resgatando raízes culturais e incorporando a robótica como ferramenta de futuro”, frisou.
O presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, afirmou que “a ação reforça o compromisso do SESI com uma educação inclusiva, inovadora e conectada ao futuro, respeitando a diversidade cultural da região amazônica e ampliando oportunidades para crianças e jovens”.
O superintendente do SESI Pará, Dário Lemos, sublinhou que iniciativas como esta demonstram que a instituição está no caminho certo. “A robótica é uma ferramenta poderosa para transformar vidas, e é nosso dever levar essa oportunidade onde ela é mais necessária”, pontuou.
No dia 16, a comitiva seguiu para Vitória do Xingu, onde visitou a Aldeia Boa Vista, território do povo Juruna. O reencontro foi carregado de simbolismo: em março, durante o Festival SESI de Educação em Brasília, Fausto Augusto Junior conhecera a equipe Jurunabots, formada por estudantes da Escola Indígena Francisca de Oliveira Lemos Juruna.

A equipe Jurunabots, assim como a Yudjatech, representa a junção da tradição e da inovação. Seus projetos, como jogos educativos sobre a poluição dos rios, mostram que é possível aliar o saber tradicional à ciência e à tecnologia em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
O cacique Fernando Juruna expressou sua gratidão e ressaltou o impacto da parceria: “A robótica educacional é uma oportunidade de mostrar ao mundo quem somos e o que somos capazes de construir a partir da nossa cultura”, afirmou.
Carol Juruna, estudante da equipe Jurunabots, também emocionou a todos ao relatar como a educação tecnológica fortalece a autoestima e o reconhecimento das capacidades dos jovens indígenas. “Agora podemos mostrar que temos potencial para estar em qualquer lugar, sem perder quem somos”, disse.
O secretário de Educação de Vitória de Xingu, Grimário Reis, destacou o impacto direto da robótica na melhoria da qualidade do ensino indígena. “O interesse dos estudantes pela educação dobrou com a chegada da robótica às escolas”, celebrou.
Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, iniciativas como essa são fundamentais para preparar o Pará para um futuro de oportunidades. “Formar pessoas para o futuro é o que vai transformar o estado. A educação que respeita as raízes e aponta para a inovação é a base desse processo”, concluiu.
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