Compostas por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais, a afrotecas são tecnologias educativas antirracistas destinadas a acolher crianças, cuidar, educar e ler em perspectiva afrocentrada. O projeto de criação de novas unidades de afrotecas para Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná é financiado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) por meio de parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará. As afrotecas foram desenvolvidas em 2022 pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq) da Ufopa/Iced, no âmbito do projeto “Kiriku: educação para relações raciais e literatura infantil antirracista nos CEMEIs do município de Santarém (PA).
Secretários municipais de educação e gestores de escolas públicas dos municípios que serão beneficiados reuniram na Afroteca Willivane Melo, em Santarém, com o professor doutor Fernando França, coordenador do projeto “Kiruku, e debateram os detalhes para a implantação das seis novas afrotecas. Representantes do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado do Pará também participaram da reunião. Na ocasião foi apresentado o conceito e o método de implementação das afrotecas, além dos procedimentos necessários para o início dos trabalhos.
Para sediar as novas afrotecas foram contempladas as escolas municipais Nossa Senhora do Livramento (Santarém), Vitalina Mota (Belterra), Peafu (Monte Alegre), Martinho Nunes (Alenquer), e Criança Esperança (Oriximiná). O projeto prevê também a implementação de uma nova afroteca na unidade Tapajós da Ufopa, em Santarém.
A perspectiva é de que o trabalho de implementação inicie no mês de outubro, após assinatura dos contratos de transferência de tecnologia entre os municípios e a Ufopa.
Em Santarém já existem quatro unidades: a Afroteca Willivane Melo, localizada no prédio do MPPA; a unidade Amoras, do CEMEI Paulo Freire; a Sankofa, do CEMEI Antônia Correa e Sousa; e a Lelê, do CEMEI Maria Raimunda Pereira de Sousa.
Comentários