0

É pavorosa a situação do povo Gavião Akratikatejê, em  Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará. A terra indígena Mãe Maria abriga uma das últimas porções de floresta preservada na região e é atravessada por diversos empreendimentos que impactam a vida dos moradores. Há um linhão da Eletronorte, uma rodovia federal e a estrada de ferro Carajás, operada pela Vale, que transporta minérios até o porto de Itaqui, no Maranhão e está sendo licenciada para duplicação, com sérios impactos sobre as comunidades indígenas. Os incontáveis focos de incêndio avançam para o interior da mata virgem, o que dificulta o acesso terrestre. Muitos animais – principalmente quatis, antas, macacos, pacas e jabutis – já morreram queimados e outros estão morrendo, a fumaça espessa envolveu todas as trinta aldeias indígenas da TI, crianças e adultos sofrem com dificuldades respiratórias, dor de garganta, tosse e olhos ardendo.

Para conter o incêndio, máquinas foram encaminhadas para abrir uma linha de frente na mata, recorrendo aos aceiros – faixas ao longo de áreas de vegetação nativa livres de vegetação -, a fim de coibir a propagação das chamas. Ontem (13), o cacique Katê Parkatêjê retirou pelo menos dez indígenas da aldeia Gavião Parkatêjê, são mães e seus filhos recém-nascidos. Indígenas voluntários tentam salvar livros e outros materiais de uma escola. As aulas estão suspensas desde o início da semana.

Foto de Araquém Alcântara

Seis novas afrotecas no Oeste do Pará

Anterior

Ladrões no pet shop

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários