Publicado em: 8 de maio de 2025
A fumaça branca apareceu e o cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito Papa após quatro votações no conclave realizado na Capela Sistina, no Vaticano. Ele adotará o nome de Leão XIV.
Com a escolha, Prevost se torna o primeiro papa nascido nos Estados Unidos. A eleição de um papa vindo do país considerado como economicamente mais poderoso do mundo era historicamente vista com reservas, por receio de que isso politizasse o papado.
Nascido em Chicago, em 1955, Robert Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho e tornou-se missionário no norte do Peru, onde viveu por quase 20 anos entre os anos 1980 e 1990. Lá, conquistou o respeito das comunidades locais e desenvolveu uma espiritualidade enraizada na escuta, no serviço e na convivência com os mais pobres. Essa trajetória rendeu-lhe o apelido de “pastor de duas pátrias” — uma referência a seu compromisso tanto com a América do Norte quanto com a América Latina.
Antes de sua eleição como papa, Prevost ocupava um dos cargos mais influentes da Cúria Romana: o de Prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável por supervisionar nomeações episcopais em todo o mundo. Desde 2023, sua atuação nesse posto foi marcada por uma abordagem pastoral, próxima ao estilo do papa Francisco, e por uma firme defesa da renovação espiritual do episcopado.
O novo pontífice herda uma Igreja marcada por tensões internas. Divisões entre setores progressistas e conservadores, a crise de credibilidade causada por escândalos de abuso sexual e o desafio da secularização em diversas partes do mundo estão entre os temas urgentes de sua agenda.
A trajetória internacional de Prevost, sua formação espiritual agostiniana e seu passado como missionário no Peru são vistos como elementos que podem favorecer um pontificado equilibrado, sensível e pastoral, comprometido com os princípios evangélicos e atento às realidades globais.
Comentários