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Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) é uma das instituições participantes da 23ª Semana Nacional de Museus e das atividades comemorativas ao Dia Internacional dos Museus, que acontece em todo o Brasil entre os dias 14 e 18 de maio. A programação, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), traz o tema “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação” e incentiva reflexões sobre o papel dessas instituições na preservação do patrimônio cultural, na inovação tecnológica e no fortalecimento da identidade social.

Mais de mil museus e instituições culturais de todo o país aderiram à Semana Nacional, promovendo atividades como exposições, visitas guiadas, mesas-redondas, oficinas, palestras e apresentações culturais. O MPEG se destaca com uma agenda intensa que articula saberes tradicionais, ciência, educação museal e memória coletiva.

De acordo com Emanoel Fernandes Jr., coordenador de Museologia do MPEG, a programação da instituição evidencia o papel de agente ativo na sociedade. São momentos que “promovem a discussão sobre o papel ativo dos museus no diálogo com a sociedade e na conservação do patrimônio natural e cultural”.

A programação iniciou na terça-feira, 14 de maio, no auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, com a mesa-redonda “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”, com participação de Sue Costa, coordenadora de Comunicação e Extensão do Museu Goeldi e Ana Harada, pesquisadora e coordenadora do Programa de Estudos costeiros da instituição, como mediadora. Foram palestrantes Samia Queiroz (Ponto de Memória da Terra Firme), Karoline Neves (RESEX de Cuiarana em Magalhães Barata), Amanda Oliveira (RESEX Mestre Lucindo em Marapanim), Janete Pereira (RESEX Mãe Grande de Curuça)  e Terezinha Resende (ECOMUSEU de Belém). 

No mesmo dia, de 14h às 16h, Lucia Santana, tecnologista e coordenadora do Grupo de Estudos de Museologia Social do Goeldi,  mediou a mesa-redonda “O Papel das Instituições de Pesquisa, Ensino e de Conservação nas Unidades de Conservação com foco nas Reservas Extrativistas Marinhas”, com participação de Maria Augusta Lima (Técnica Ambiental/ICMBio), Gilberto Rocha (Núcleo de Meio Ambiente da UFPA), Amílcar Mendes (pesquisador do Programa de Estudos Costeiros/ MPEG), Clézio Silva Fonseca (Técnico em Gestão Pública da SEMMAS-PA) e Maura Sousa (Gerente de Programa RARE do Brasil) como palestrantes. 

Na quarta-feira, 15 de maio, o “WallDay” destaca a história e contribuição do naturalista Alfred Russel Wallace. A atividade, organizada pelos Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução (PPGBE) e também pelo Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZool) , ocorre no auditório Pedro Cavalcante, no Campus de Pesquisa, das 8:30h às 17h.

Pela manhã, Fernando Carvalho-Filho (MPEG) e Ildeu de Castro Moreira (MNRJ),  ministrarão as palestras “Wallace na Amazônia e o início da Teoria da Evolução” e “Os trabalhos de Alfred Wallace na Amazônia e os colaboradores locais”. Gabriela Gonçalves (UFPA, MPEG/PPBio) apresentará a palestra “Dados atemporais: como naturalistas do passado continuam contribuindo com o conhecimento atual usando novas tecnologias”. 

Após o almoço, Nelson Sanjad (MPEG) palestrará sobre “Intertextualidade em relatos de viagem: o rio Capim e seus habitantes nas narrativas de Wallace (1849), Barbosa Rodrigues (1874-1875) e Goeldi (1897). Pela tarde, acontecerá a mesa-redonda “Ainda é possível ser um explorador nos dias de hoje?”, com Lívia Pires-Prado (MPEG/PPBIOAmor), Raimundo Luiz Sousa (ECOPRO-UFPA), Fernando Carvalho-Filho (MPEG) e, como mediadora, Caroline Souza (ITV/UFRA). 

A programação do WallDay pode ser acompanhada integralmente pelo canal do Museu Goeldi no Youtube. 

Na sexta-feira, 17 de maio, das 9h às 13h, o Parque Zoobotânico do Museu acolhe o projeto “Círculo da Memória”, reunindo expressões culturais como literatura de cordel, jogos étnico-raciais e músicas ancestrais, promovido em parceria com o Fórum de Museus da Amazônia.

O projeto tem temas diversos como literatura de cordel, exposições virtuais, jogos étnico-raciais, músicas ancestrais, painéis fotográficos e banners que traduzem a ação destes pontos. O evento terá participação do Fórum de Museu da Amazônia, Musear das Ilhas, Museu SurrupiraPonto de Memória da Terra Firme, Associação da Consciência Quilombola de Castanhal, Rede de Mulheres das Marés das Águas de Caição/Curuçá e Museu d’água

Ainda no dia 17, às 10h, no Centro de Ciências e Planetário do Pará, ocorre a abertura da exposição “Semeando a Vida: Como ocorre a dispersão de sementes na Amazônia”, resultado de parceria com o Museu Goeldi.

Encerrando a programação, no domingo, 18 de maio (o Dia Internacional dos Museus), o público poderá conhecer a mostra científica “Os anfíbios da Coleção Emília Snethlage, com a participação de Alexandre Missassi (Bolsista DTI-A FAPESPA), Neuza Araújo (Bolsista PCI – Museu Goeldi) e Mayara Larrys (Chefe do Serviço de Educação – SEEDU/MPEG). A mostra científica ocorrerá no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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