O Núcleo de Proteção à Mulher do Ministério Público do Estado do Pará premiou mulheres protagonistas em suas respectivas áreas de atuação ou em prol de outras mulheres: Ana Cláudia Bastos de Pinho, promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos; Ana Maria Magalhães de Carvalho, 2° PJ Criminal de Icoaraci e presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Pará (Ampep); Betânia Fidalgo Arroyo, diretora regional do Grupo Ser Educacional e reitora da Universidade da Amazônia; Irmã Henriqueta Cavalcante, presidente do Instituto Dom José Luís Azcona; Zélia Amador de Deus, Professora emérita da UFPA, militante na luta antirracista e pelos direitos da população negra, Paula Gomes, secretária de Estado da Mulher; Bárbara Caroline Martins Oliveira, gerente de Diversidade Sexual e Gênero da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos; Dulcelinda Lobato Pantoja, procuradora de Justiça Criminal; Ivaney Darling de Carvalho Costa, professora de Sociologia da Seduc; Maély Ferreira Holanda Ramos, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Segurança Pública da Universidade Federal do Pará; Márcia Vieira da Silva Kambeba, especialista em Educação Ambiental para o desenvolvimento sustentável, doutora e indígena; Mônica Rei Moreira Freire, PJ da Infância e Juventude de Belém e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude; Ubiragilda Silva Pimentel, Subprocuradora de Justiça para a área Técnica-Administrativa e 11ª Procuradora de Justiça Criminal; e a promotora de justiça Vyllya Costa Barra Sereni.
Dando boas vindas às homenageadas, o Procurador-Geral de Justiça, César Mattar Jr. destacou a articulação do Ministério Público para alcançar a equidade de gênero dentro da instituição, reiterando a importância de reconhecer o trabalho desenvolvido por essas mulheres. “Desde que nós assumimos no dia 12 de abril de 2021, de pronto colocamos na nossa administração, por questão de justiça, quase 70% de mulheres. Mas esse fortalecimento não se deve apenas ao compromisso com a inclusão, ele se deve, na verdade, em função da necessidade de reconhecermos quem faz a diferença. Não basta ser mulher para ser homenageada, precisa ser mulher e que esteja entre aquelas que fazem a verdadeira razão de existir Ministério Público, de fortalecer a participação daquelas que fazem a diferença. Este é o compromisso da nossa instituição”, declarou o PGJ.
“O termo ‘Mulheridades’ alcança todas as mulheres, de forma multifacetada, então por isso procuramos dar a maior diversidade possível às homenageadas, que são mulheres trans, mulheres negras, mulheres indígenas, mulheres juristas, mulheres professoras, que fazem a diferença da sua forma de contribuir para a sociedade, pra que ela seja transformada de forma mais justa entre mulheres e homens, mas também pela própria trajetória de superação e enfrentamento a esse sistema patriarcal e as interseccionalidades, que abrange recortes além do ser mulher, mas também os recortes racial e de sexualidade em que elas estão inseridas, por exemplo. É um enfrentamento conjunto e diário em que essas mulheres vivenciam vulnerabilidades maiores do que mulheres brancas e heterossexuais, por exemplo”, explica a coordenadora do Núcleo Mulher, promotora de justiça Luziana Dantas.
“Desde a primeira gestão do PGJ César, no primeiro discurso de posse, tem uma frase que de vez em quando repito, que é assim: muitas pessoas precisam do Ministério Público, mas algumas precisam mais do que outras, ou seja, de efetivamente voltar os olhos às pessoas mais vulnerabilizadas dentro da sociedade paraense. E desde o início, o MP abraçou essa questão, sendo um princípio frutificado rapidamente dentro da instituição. Essa é uma demonstração do Ministério Público em otimizar os seus trabalhos e serviços para esse nicho da sociedade que é historicamente vulnerabilizado. Então, Luziana, quando você desenvolve o Mulheridades, e quando eu olho para as pessoas homenageadas, eu vejo que temos aqui mulheres negras, mulher trans, eu, que sou uma mulher lésbica, temos professoras, a reitora da Universidade da Amazônia, uma mulher indígena, defensoras de direitos humanos, que também é uma grande inspiração para nós. Temos recortes aqui importantíssimos, que dizem com cada identidade, subjetividade daquilo que, de modo geral, a gente chama de mulher”, pontuou a PJ Ana Cláudia Pinho.
A professora Zélia Amador de Deus emocionou as presentes durante a entrega dos prêmios. Ao final do evento, houve o lançamento do livro “As Poesias da Mulher – Caminhos da alma, laços familiares e desafios da sociedade”, de autoria do PJ de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belém, Franklin Lobato, com show da banda “Beatles Forever”.
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