Publicado em: 24 de março de 2025
Na quinta-feira passada (20), comunicação de risco foi emitida pela Diretoria de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Oriximiná para o 9º CRS/Sespa, diante da possível circulação do vírus da febre amarela no distrito de Porto Trombetas, onde um macaco foi encontrado morto, com suspeita de Febre Amarela, Raiva e Doença parasitária. A comunicação trata de “Epizootia de primata não humano”. A epizootia é definida como adoecimento ou morte em uma população animal na mesma região, sem causa definida. Ao coordenador de Zoonoses do 9º CRS/Sespa, Felipe Dantas, foi informado que 7 macacos teriam sido encontrados mortos em PTR, embora oficialmente tenha sido só um.
De imediato a Prefeitura de Oriximiná tomou medidas necessárias para segurança da população, entre elas a vacinação contra a febre amarela. Foram coletas amostras de vísceras do animal e material colhido, congelado, já foi enviado para Belém, onde será examinado pelos especialistas do Instituto Evandro Chagas.
O animal é da espécie ugio (Alouatta macconnelli) e foi encontrado no estacionamento do Hospital de Porto Trombetas, área próxima de mata. A equipe de saúde está fazendo vacinação de bloqueio seletivo, casa a casa, em área delimitada e mais um dia “D” no distrito minerador.
A Coordenação de Vigilância Epidemiológica e do Programa Municipal de Imunização da Prefeitura de Oriximiná informou ter adotado todas as medidas recomendadas para prevenção e proteção contra a febre amarela, e já instituiu os protocolos para intensificar a vacinação.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos. No ciclo urbano, a transmissão se dá a partir de vetores (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são principalmente mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os primatas não humanos são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, é hospedeiro acidental.
Os sintomas dos casos leves são febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais fatais.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública, através da equipe técnica de Zoonoses da Divisão de Endemias do 9º Centro Regional de Saúde, acompanha o caso.
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