Publicado em: 29 de junho de 2010
O órgão da Sé de Belém é o maior Cavaillé-Coll da América Latina. Ficou parado por 45 anos e ameaçava desabar. Em 1995, uma forte campanha em Belém viabilizou sua restauração, na França, por sugestão do então organista de Notre Dame de Paris. A Firma Theo Haerpfer de Boulay-França foi escolhida. O buffet do órgão foi restaurado em Belém com madeira paraense por Verbicaro Giestas e Cia. Ltda. A reinauguração aconteceu em grande estilo em 14 de junho de 1996, com os organistas Hans Bönish (alemão) e Paulo José Campos de Melo (paraense). A Schola Cantorum da Catedral e os Pequenos Cantores da Sé apresentaram números em gregoriano e polifonia. No coro da Catedral, placas alusivas estão fixadas.
Inaugurado em primeira audição no dia 09 de setembro de 1882 por dois organeiros e organistas franceses, Veerckamp e Moor, o órgão Cavaillé-Coll da Catedral funcionou durante quase 70 anos. Comprado ao preço de 15 contos de réis por D. Antônio de Macedo Costa, sua inauguração foi presidida pelo então bispo do Pará, D. Antônio de Macedo Costa e teve caráter solene. Foram convidadas as mais graduadas autoridades do Império. Instalado no coro, mede 8m de altura por 5,5m de largura e 3,5m de profundidade. Tem 25 mil peças para funcionar dois manuais e pedaleira.
O Grande Órgão de Tubos Cavaillé-Coll foi construído pelo maior organeiro do mundo, no século passado, Aristide Cavaillé-Coll. Em 1882, a Igreja era unida ao Estado e a Catedral tinha 60 funcionários mantidos pela Coroa Imperial. Com a separação Igreja-Estado, houve declínio no que se refere a conservação. No ciclo da borracha ela permaneceu em equilíbrio, mas depois foi quase impossível manter seu esplendor.
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