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Jornalista cuja mãe está internada no Hospital da Beneficente Portuguesa em Belém do Pará foi vítima de tentativa de golpe, assim como vários acompanhantes e parentes de pacientes internados nas alas de suítes e apartamentos do hospital, bem como nas UTIs, onde o contato com os pacientes é restrito. Ontem, dia 19, à tarde, após cirurgia pela manhã, ele aguardava ansiosamente o resultado dos exames para avaliar a redução do quadro de infecção de sua mãe, junto a ela no quarto, quando recebeu telefonema de um homem que se apresentou como Dr. Luiz Carlos Ferraz, alegando já ter analisado o exame da paciente. Ele forneceu detalhes precisos sobre a condição dela e afirmou que o hospital precisava iniciar urgentemente um tratamento com medicamentos importados, que custariam R$6.300, mas o valor teria que ser pago imediatamente e depois ressarcido pelo plano de saúde dela.

Desconfiado, o jornalista – que é muito experiente e qualificado – informou que verificaria a situação antes de tomar qualquer decisão. Dirigiu-se à administração do hospital para confirmar a identidade do médico e a veracidade da ligação. No local, encontrou pelo menos cinco outros acompanhantes de pacientes relatando experiências semelhantes. A administração confirmou que estava recebendo várias reclamações desse tipo e que investigava como esses dados sensíveis estavam sendo obtidos pelos golpistas. Todos os outros denunciantes relataram ter recebido ligações com o mesmo conteúdo, descrevendo informações detalhadas sobre eles e seus familiares internados.

Esse golpe vem acontecendo há anos e é impressionante que o Hospital e a Polícia ainda não tenham desbaratado a quadrilha, pois é evidente que só pessoas de dentro da unidade têm acesso aos prontuários médicos. O jornalista registrou BO policial e questiona o hospital no sentido de que que abra sindicância e apure como os dados vazam. Como se sabe, a situação é passível de processo por danos materiais e morais, agravados pela fragilidade de pacientes e seus parentes.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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