Publicado em: 22 de março de 2025
Lideranças do Brasil em Ciência, Tecnologia e Inovação debatem pautas estratégicas no 67º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, que começou na quarta-feira (19), em Macapá (AP), e encerra hoje (22). As fundações têm uma série de projetos em conjunto, em especial o “Amazônia+10”, que apoia a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico sobre a floresta tropical, as interações natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região.
O presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas, Marcel Botelho, aproveitou o evento para destacar o protagonismo nacional do Pará ao lançar ainda em 2022 o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), e propostas de políticas socioambientais, economia de baixo carbono e valorização do conhecimento tradicional. “Hoje, o governo federal está estabelecendo a Política Nacional de Bioeconomia, na qual somos o representante no Confap nesta Comissão, que elabora esse documento e tem representantes de todo o País, do governo federal. É momento adequado para mostrarmos que na Amazônia se faz pesquisa de qualidade, que nós temos instituições extremamente qualificadas, mas que precisam de apoio financeiro para melhorar a sua infraestrutura”, frisa.
A programação do 67º Fórum aborda sustentabilidade, inovação e a função estratégica da pesquisa diante dos desafios das mudanças climáticas e inclui um painel com parceiros da União Europeia, a exemplo da Bélgica e Itália, apresentando possíveis parcerias. “É um projeto que une 25 das 27 FAPs, destinado a encontrar soluções aos problemas de geração de produtos para a Amazônia, em parceria com todo o Brasil. Agora, no Amapá temos a Guiana, a Guiana Francesa e o Suriname discutindo a Amazônia dentro do conceito da Pan-Amazônia. Também discutimos de que forma esses outros países podem somar, ao longo desse processo de geração de conhecimento, em novas tecnologias e uso da biodiversidade dessas regiões tão fantásticas, mas também preocupados com qualidade de vida para nossas populações”, acentua Marcel Botelho, que assumiu a vice-presidência nacional do Confap, tendo o diretor-presidente da FAP do Mato Grosso do Sul, Márcio Pereira, na presidência.
A prioridade será buscar ainda mais sinergia e investimento para o fomento do ecossistema de pesquisa e inovação amazônica, fortalecendo as instituições e formando mão de obra qualificada, com a graduação de mestres e doutores para trabalhar pelo desenvolvimento sustentável e desenvolvimento de uma bioeconomia forte, pontua Marcel Botelho.
O Confap no Amapá também contou com representantes dos principais organismos do governo federal de apoio e fomento à Ciência, Pesquisa, Tecnologia e Inovação no Brasil: a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Centro de Estudos Estratégicos, uma Organização Social que apresentou estudos sobre a Amazônia como indutora de novas pesquisas.


Comentários