0

A XV Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto Açaí (MCTIA), realizada no Shopping Metrópole Ananindeua entre os dias 19 e 22, destacou projetos desenvolvidos por estudantes de escolas públicas do Pará. Com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o evento promove a integração entre educação e inovação, impactando positivamente a vida de jovens e suas comunidades.

“A primeira experiência foi o conhecimento, a segunda, a alegria de ver o projeto pronto. E a terceira, e mais incrível ainda, é ver o projeto sendo premiado e reconhecido que pode ajudar na vida de pessoas”, declarou Ester Gibson, de 14 anos, aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nestor Nonato de Lima. Ao lado de Andrew Lorran, 13, e Carlos Richardy, 15, Ester apresentou o projeto “Impressora Sustentável – uma experiência entre robótica e educação ambiental”, destacando o potencial de soluções sustentáveis e inovadoras para a sociedade.

Andrew, Ester e Carlos, estudantes da EMEF Nestor Nonato de Lima, do bairro da Condor. (Agência Belém)

Não é a primeira vez que a escola Nestor Nonato de Lima se destaca. Em 2022, conquistou o primeiro lugar na categoria engenharia com uma cadeira de rodas controlada por movimentos da cabeça, feita de bambu, miriti e componentes reaproveitados. Projetos como esses demonstram o potencial de transformação da educação pública e o desempenho dos alunos mostra que a escola pública pode alcançar o mesmo patamar das pessoas que estudam em escolas particulares.

Na mesma linha, estudantes da Escola Anna Barreau Meninéia, em Mosqueiro, sob a orientação da professora Laianny Simões, desenvolveram ferramentas para estimular o raciocínio lógico e o aprendizado de matemática através de conceitos de robótica. O projeto conquistou o primeiro lugar no concurso “Matematicando” deste ano.

Emmanuel, Lorana e Simone, da escola Anna Barreau Meninéia, do bairro do Ariramba, Mosqueiro. (Agência Belém)

Thaissa Alves, Maria Oliveira e Amanda Souza, da EMEF Abel Martins e Silva, também em Mosqueiro, investigaram a qualidade do transporte público na região e propuseram soluções inovadoras. Seu projeto “Robótica Sustentável e Educação Cidadã” sugere o uso de bicicletas compartilhadas e barcos elétricos como alternativas sustentáveis. “Entendemos que as bicicletas compartilhadas vão facilitar o deslocamento dos moradores próximos aos terminais. O barco elétrico tem a vantagem de não poluir as águas”, explicou Amanda Souza.

Amanda, Thaissa e Maria, da escola Abel Martins e Silva, do Carananduba, Mosqueiro. (Agência Belém)

Outro destaque da mostra foi o projeto “Preservando nossos rios – tecnologia e criatividade na Ilha de Mosqueiro”, desenvolvido por estudantes da Escola Professora Donatila Santana Lopes. A equipe criou aplicativos e jogos educativos para conscientizar sobre a preservação ambiental. Ester Lameira, David Kelversson e Israel Cruz apresentaram uma maquete que mapeia os problemas ambientais da região e ferramentas como um jogo interativo e um robô que chama atenção para a proteção de rios e matas ciliares.

David destacou a importância da participação no evento: “Conheci mais sobre pensamento computacional e computação desplugada”. Israel complementou: “Construí um robô com solda, placa Arduino e sensores de movimento para reforçar a mensagem de cuidado com o meio ambiente”.

David, Israel e Ester, da escola Donatila Santa Lopes, da ilha do Mosqueiro. (Agência Belém)

Estudantes mais jovens também participaram com destaque. Nicolas Greygg Costa, Luan da Conceição e Kayke Gois, alunos da Escola Municipal Duas Irmãs, construíram um carro e um robô com materiais recicláveis. Com o apoio dos professores Alverina Couto e Bruno Picanço, o projeto já havia conquistado o terceiro lugar na II Mostra de Inovação e Tecnologia da Educação promovida pela SEMEC.

Nícolas, Luan e Kayke, da escola Duas Irmãs: Bianca e Adrielly, na Pratinha. (Agência Belém)

Para o professor Lennon Pereira, do CETEC, a MCTIA é uma vitrine de iniciativas que transcendem barreiras geográficas e culturais. “O evento proporciona aos alunos a troca de experiências com estudantes de outros estados e países, enriquecendo seu conhecimento e ampliando horizontes acadêmicos”, afirmou. Ele acredita que essa vivência prepara os jovens para desafios futuros: “Lá na frente, eles serão bem maiores do que os sonhos que têm hoje”.

A Música como Filosofia Viva: Uma Homenagem aos Músicos e Educadores

Anterior

Dinan Larêdo se foi

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários