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No final de agosto do ano passado, fruto da mobilização de lideranças do bairro do Reduto e da boa vontade do então secretário municipal de Planejamento, professor doutor Cláudio Puty, assim como a de seu sucessor no cargo, professor doutor João Cláudio Tupinambá Arroyo, foi alcançada uma importante conquista: a revitalização da Pracinha do Paraíso, localizada na Trav. Piedade, esquina com a rua Aristides Lobo, no bairro do Reduto. Foram instaladas mesas com bancos, adequadas para servir como espaço de convivência e jogos para os idosos, bancos para descanso e contemplação, brinquedos para as crianças, incluindo balanços, gangorras e jogo de Amarelinha, tendo sido plantadas várias espécies, com flores e até um pé de açaí, com gramado e passeio calçado em cimento, e instalada lixeira. Também foram instaladas novas luminárias em LED, tornando o local aprazível. Os moradores do bairro passaram a interagir na pracinha, que ficou linda e era palco de brincadeiras das crianças.

Pois bem. Passados poucos meses, sem qualquer manutenção, sequer a retirada do lixo que transborda na lixeira, a praça ficou degradada rapidamente, os moradores que têm garagem ao lado, sem a menor noção de cidadania, passaram a usar o passeio da praça para estacionar seus veículos e de convidados, e há um mês simplesmente arrancaram todos os brinquedos de lá. Ninguém sabe, ninguém viu. A pracinha está um cenário de terror: imunda e sem condições de uso, virou local infestado de ratos, escuro e propícia a assaltos, mesmo a poucos metros do quartel do 2º Batalhão de Polícia Militar. Um perigo para a saúde e a segurança públicas. Não têm sido poucos os assaltos e arrombamentos no bairro, furtos de hidrômetros e de fiação elétrica e telefônica, além de invasões dos casarões.  Os assaltantes agem à luz do dia e desafiam as testemunhas oculares. Falta água todo dia, e quando ela vem é barrenta.

Zona Especial do Patrimônio Histórico declarada por lei, o bairro do Reduto, cenário industrial da Belle Époque, da Doca do Reduto no início do século XX, com suas canoas coloridas repletas de paneiros de açaí, peixes e frutas, precisa do olhar da Prefeitura de Belém e do Governo do Pará. Não é possível que fatos assim estejam acontecendo.

Urge que a pracinha do Paraíso seja imediatamente reconstruída e dotada de câmeras de vigilância, que o canal da Praça Magalhães deixe de ser esgoto a céu aberto e essa área de grande importância cultural, arquitetônica e histórica seja alvo da atenção que merece do poder público. A polícia de trânsito pode e deve impedir que usem as praças como estacionamento privado, multas e guinchos são muito eficazes. O 2º BPM tem que garantir a segurança do bairro.

Observem as imagens.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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