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Nada menos que 6.122 meninos e meninas de 0 a 19 anos foram mortos de forma violenta em 2020. Dentre as vítimas estão 267 crianças de até 11 anos de idade. Os dados são da 15ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em trezentas e oitenta páginas, a publicação apresenta dados sobre o impacto do primeiro ano da pandemia de Covid-19 nos índices de Mortes Violentas Intencionais (MVI), indicador baseado nos números absolutos e na taxa de homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, feminicídios, homicídios de policiais e mortes por intervenções policiais registradas no Brasil a cada 100 mil habitantes, com análises do perfil étnico e etário das vítimas.

 Conforme o levantamento, houve alta de 0,7% no total de feminicídios em 2020, que atingiram 1.350, vitimando principalmente pessoas entre 18 e 44 anos (74,7%), negras (61,8 %) e assassinadas com o uso de arma branca (55,1%). A maioria (81,%) foi morta pelo companheiro ou ex-companheiro e 8,3% por outros parentes.

O estudo diz, ainda, que em 2020 houve um chamado de violência doméstica por minuto, e eles foram feitos principalmente por mulheres negras (61,8 %), entre 18 e 44 anos (74,7%). Foram 694.131 ligações denunciando violência doméstica através do 190, o que representa aumento de 16,3% na comparação com 2019. O número de Medidas Protetivas urgentes concedidas pelos Tribunais de Justiça totalizou 294.440 (+3,6%) e os registros de lesão corporal dolosa por violência doméstica somaram 230.160 (-7,4%).

A violência sexual aumentou 14,1%, com o número de estupros chegando a 60.460 novos casos, dos quais 86,9% eram mulheres e que foram abusadas por um conhecido (85,2%). Mais uma vez a infância é a maior impactada: a violência foi cometida contra 60,6% de pessoas com até 13 anos. A pesquisa mostra, também, que 73,7% dessas vítimas eram vulneráveis ou incapazes de consentir o ato.

Houve cerca de 12 mil suicídios e a taxa nacional é de 6,1 a cada 100 mil habitantes. Relatório da Organização Mundial de Saúde revela que cerca de 800 mil pessoas tiram suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos.

Além desses dados, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública também traz informações sobre crimes contra o patrimônio, porte e posse de armas de fogo e investimentos em Segurança Pública. O levantamento é feito desde 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a partir de dados e indicadores oficiais, e informa, ainda, o número de registros de novas armas, pessoas desaparecidas, suicídios de policiais, segurança privada e sistema prisional. São diversas fontes públicas de dados que permitem, em uma só publicação, um panorama completo da área.

Clique aqui para acessar o inteiro teor do Anuário.

Uruá-Tapera

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