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Hoje a personagem mais icônica dos quadrinhos brasileiros completa sete anos pela sexagésima vez. Mônica fez sua estreia no dia 21 de março de 1963 como coadjuvante na tirinha do Cebolinha, no jornal Folha da Manhã, de São Paulo. Naquela época, os personagens principais de Maurício de Sousa eram o Franjinha e o Bidu, e por causa da cobrança do público por figuras femininas, o quadrinista inspirou-se em sua segunda filha, uma menininha com personalidade forte e que não largava seu coelhinho de pelúcia – que, por sinal, era amarelo.

A Dona da Rua logo ganhou o protagonismo das tirinhas esbanjando características que fugiam – e ainda fogem – do estereótipo feminino que dominava as mídias. Baixinha, gorducha, dentuça, detentora de uma força física maior do que a dos meninos, corajosa, e sem se importar com as opiniões que tentavam ditar o que ela deveria ser, Mônica também viria a ser a personagem principal do primeiro gibi de Maurício de Sousa, publicado em 1970 como “Mônica e Sua Turma” – e que depois viraria a “Turma da Mônica”.

A Mônica dos quadrinhos conquistou o Brasil como um modelo para meninas fortes e a Mônica de Sousa “de verdade” também faz jus à personagem: é diretora executiva da Maurício de Sousa Produções, responsável por negociar contratos de licenciamento de mais de quatro mil produtos com empresas do mundo inteiro, e criou o projeto Donas da Rua, com apoio da ONU, que desde 2016 atua com o objetivo o empoderamento de meninas, com oportunidades e direitos iguais aos dos meninos.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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