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O Museu da Imagem e do Som do Pará (MIS) receberá, neste domingo (25), às 10h30, o músico, professor e pesquisador Salomão Habib para um bate-papo que se aprofunda no papel de educador do violonista e compositor parauara Tó Teixeira, mestre cuja influência ainda reverbera entre músicos da região. A trajetória de Salomão se entrelaça intimamente à pesquisa sobre a vida e obra do homenageado. A atividade será gratuita e aberta ao público.

Intitulada “A Pedagogia do Violão na obra de Tó Teixeira”, a atividade faz parte da programação vinculada à exposição atualmente em cartaz no MIS sobre o legado de Tó, e tem como objetivo revelar uma faceta fundamental do artista: sua atuação como formador de músicos, mentor e referência ética e técnica para gerações de violonistas.

Mais do que um intérprete brilhante, Tó Teixeira construiu uma pedagogia singular, fundada não apenas em rigor técnico, mas na valorização da sensibilidade artística e da cultura amazônica. Seus métodos, suas correções, suas palavras e silêncios ensinaram mais do que escalas ou harmonizações: ensinaram escuta, disciplina, identidade.

Salomão Habib, um dos principais estudiosos da obra de Tó, teve papel fundamental na curadoria da mostra que celebra o violonista no MIS. Ao longo dos anos, o artista mergulhou em arquivos pessoais, entrevistas com ex-alunos e documentos inéditos, revelando a dimensão educador de Tó.

É importante compreender como Tó Teixeira compôs, formou, orientou e lapidou talentos, contribuindo para a continuidade de uma tradição musical singular e profundamente enraizada na Amazônia. Trata-se de uma memória viva que vai além da técnica musical e adentra o território da formação humana e artística.

Esse legado educacional não apenas transformou a cena musical paraense, mas também dialoga com outros grandes nomes da cultura amazônica. Um dos aspectos centrais do encontro será a relação entre Tó Teixeira e o historiador e pesquisador Vicente Salles, com quem manteve uma parceria marcada pela troca de saberes, memórias e registros históricos da música regional. Foi Vicente, inclusive, quem incentivou Salomão Habib a seguir na pesquisa que hoje dá frutos ao público.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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