Por O Ecomuseu da Amazônia, da Fundação Escola Bosque (Funbosque) promoveu no domingo, 25, na Ilha de Cotijuba, o roteiro patrimonial, pelo encerramento da 16ª Primavera dos Museus. Os visitantes conheceram o pólo do Ecomuseu, a história de Cotijuba, que passa pelas ruínas do Educandário Nogueira, que depois foi utilizado como presídio, os mistérios da ilha e a oportunidade de acessar conhecimentos tradicionais, por pessoas como D. Antonia Mesquita, que é ceramista e artesã. O roteiro também incluiu visita à casa de farinha do senhor Mário Reis e à horta da dona Dircinha Marques. Uma oportunidade ímpar para troca de saberes, fortalecendo a ideia de, em especial a região insular, ser local de experimentos e de acesso a saberes tradicionais da Amazônia, além de enfatizar Belém como cidade amazônica, comentou o prefeito Edmilson Rodrigues.
Durante a visita à casa de farinha, os visitantes vivenciaram o processo de fabricação da famosa farinha bragantina, feita pelo mestre Mário. E todos puderam adquirir produtos derivados da mandioca, como farinha, tucupi e beiju de mandioca.
O quintal produtivo da dona Dircinha Marques, de 69 anos, foi outro ponto do passeio que encantou os participantes e eles puderam ver e comprar as hortaliças que ela produz . “Sempre trabalhei com a terra e, hoje, fazer parte desse projeto que dá visibilidade ao nosso trabalho, trazendo pessoas de outra região para minha casa, é muito gratificante”, contou a produtora rural.
O roteiro cultural promovido pelo Ecomuseu encerrou no ponto de cultura popular Canto Autoral, com mestra Nita Justina, mulher preta, cantora e compositora, que animou o evento.
Iniciativa bastante louvável, precisa ser levada a outras localidades ribeirinhas em ilhas circunvizinhas.