Publicado em: 25 de maio de 2025
O delegado da Polícia Civil do Pará Társio Martins presidiu o inquérito policial sobre estelionatos que uma quadrilha de Curitiba estava aplicando contra paraenses e deflagrou a Operação Concreto Armado, no Paraná e São Paulo, com três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Curitiba, Piraquara e São Paulo, que ainda terão desdobramentos. Policiais da Diretoria de Polícia Metropolitana, cujo titular é o delegado Daniel Castro; da Seccional de São Brás, comandada pelo delegado Rodrigo Leão; e da Delegacia de Estelionato da Polícia do Paraná apuram crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O modus operandi é sofisticado. Os criminosos se infiltram em grupos profissionais e de acadêmicos de engenharia, no qual disseminam contatos falsos, se passando por empresas especializadas em serviços de construção e concretagem. Criaram empresas na Junta Comercial de São Paulo, com nomes idênticos aos das empresas verdadeiras, abriram contas bancárias atrelando o CNPJ ao CPF de “laranjas” e inclusive criaram call center, documentos técnicos de projetos e orçamentos, conforme o protocolo de atendimento das empresas verdadeiras.
As vítimas entraram em contato com os golpistas após indicações de engenheiros e acadêmicos. O atendimento seguiu com aparência de legalidade, incluindo elaboração de projetos, orçamentos, preço atrativo mas nada discrepante do mercado, com boletos, cartões e opções de pagamento emitidos em favor de pessoa jurídica, CNPJ com mesmo nome fantasia da empresa verdadeira, e sem desconfiar as vítimas pagaram e só descobriram o golpe depois de sucessivos atrasos para execução do serviço.
Uma das vítimas é uma jornalista da TV Record Belém, e até agora as investigações apuraram movimentações bancárias em torno de R$200 mil, sendo que a maior parte já foi sacada. Um dos indiciados sacou R$80 mil. Foi detectado um estabelecimento comercial com vínculo financeiro com o grupo criminoso, suspeito de ser usado para lavagem de capitais.

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