Paes Loureiro e Milton Hatoum em programação de “Luiz Braga – Arquipélago Imaginário” no IMS

Na próxima quarta-feira, 14 de maio, às 19h, no Instituto Moreira Salles (IMS Paulista), em São Paulo, os universos da fotografia, literatura e poesia amazônica se encontrarão em um bate-papo especial que reunirá dois dos mais importantes autores brasileiros: o parauara abaetetubense João de Jesus Paes Loureiro e o amazonense manauara Milton Hatoum. Com entrada gratuita, o evento contará com a mediação da curadora e editora da Flip, Ana Lima Cecílio.

O encontro acontece como parte da programação da exposição Luiz Braga – Arquipélago Imaginário, em cartaz no IMS Paulista, que apresenta mais de 250 fotografias do parauara Luiz Braga, incluindo 190 imagens inéditas que revelam seu olhar sensível e profundo sobre a Amazônia.

A conversa será uma imersão no imaginário amazônico, com reflexões sobre como a literatura e a fotografia se entrelaçam na construção da identidade cultural do Norte do país. Para Paes Loureiro e Hatoum, a arte tem o poder de criar pontes entre territórios, memórias e afetos.

João de Jesus Paes Loureiro, o maior poeta vivo da Amazônia, ensaísta, doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne, é professor de Estética e Arte e um eterno curioso pelo mundo. Sua obra, marcada por referências à cultura, história e mitologia da Amazônia, constrói uma leitura singular do mundo contemporâneo, em diálogo com as principais correntes literárias da atualidade, onde o mito surge como metáfora para interpretar o real.

O escritor Milton Hatoum, autor premiado de romances como Dois Irmãos e Cinzas do Norte, traz em sua obra a Manaus de sua infância e juventude, em narrativas que atravessam gerações e fronteiras. Vencedor do Prêmio Jabuti e premiado no Brasil e no exterior, teve obras adaptadas para o teatro, a TV e o cinema. Sua produção literária, publicada em 14 países, foi reconhecida em 2018 com o Prêmio Roger Caillois, na França.

Ana Lima Cecílio é graduada em Filosofia pela USP e acumula mais de 20 anos de experiência no mercado editorial. Atuou em editoras como a extinta Cosac Naify, Globo Livros — onde publicou obras de Elena Ferrante pelo selo Biblioteca Azul — e Carambaia. Nos últimos três anos, foi responsável pela curadoria da livraria on-line Dois Pontos, onde selecionava os livros que integravam os clubes de leitura da plataforma.

A exposição que inspira o bate-papo reúne cinco décadas de trabalho do fotógrafo Luiz Braga, conhecido por sua habilidade em retratar paisagens, personagens e cenas cotidianas da Amazônia com um olhar que combina arte e documentação. A mostra explora as relações entre imagem, território e convivência, revelando uma Amazônia que é colônia do Brasil e que muitos ainda desconhecem.

A visita à exposição é gratuita e pode ser feita antes ou depois da conversa. A entrada para o bate-papo também é gratuita, mas as vagas são limitadas. A distribuição de senhas começa uma hora antes do evento, com limite de uma senha por pessoa. O evento contará com interpretação em Libras.