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O Arquivo Público do Estado do Pará recebe, hoje, durante a XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, documentos históricos da época da guerrilha do Araguaia, nos chamados anos de chumbo, de 1973 a 1975, entregues simbolicamente por Paulo Fontelles Filho.
As raridades: uma certificação que permitia os barqueiros trafegarem nos rios Araguaia e Tocantins, pertencente a um dos camponeses da guerrilha, é o único original e foi expedido em maio de 1972. Outro documento diz respeito à incineração de processos referentes a título de terra, feita pelo Exército. O terceiro, doado pelo Ministério da Defesa, é referente à Operação Sucuri: uma lista, feita pelas Forças Armadas, dos participantes da guerrilha do Araguaia, formada principalmente por estudantes universitários e profissionais liberais, braço armado da resistência à ditadura militar.

O advogado e ex-deputado Paulo Fontelles de Lima sobreviveu à prisão, à tortura e ao extermínio no sul do Pará, mas sucumbiu numa emboscada em plena região metropolitana de Belém, episódio até hoje nunca esclarecido quanto aos mandantes. Foi assassinado a bala no Posto Marechal 4, ali pertinho de onde hoje é a entrada da Alça Viária.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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