Wilson Fonseca tem recebido inúmeras homenagens não só em vida como depois de seu falecimento (2002), como as que indico adiante, por amostragem:
1) Honra ao mérito – Em razão de seu empenho para a realização da “Semana Santarena”, recebe votos de congratulações da Câmara Municipal de Santarém, em 17 de outubro de 1972; e, em 24 de outubro de 1972 (data do aniversário de Santarém) é concedido o Título de “Honra ao Mérito”, pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará, ao compositor e músico de Santarém, como “homenagem e reconhecimento ao musicista que, voltado para os temas amazônicos e santarenos, é sem dúvida hoje uma expressão nacional e internacional a projetar o nome do Pará, no cenário artístico e cultural”. O título foi entregue em sessão especial no ano de 1976.
2) Medalha Pax Christi concedida pelo Papa – Quando a “Canção de Minha Saudade” completou 25 anos, em 1974, os autores da obra musical (letra: Wilmar Fonseca; e música: Wilson Fonseca) receberam a medalha “Pax Christi” do Papa Paulo VI. No Ano Santo de 1975, receberam de Roma outra medalha, conforme se lê no “Meu Baú Mocorongo” – volume 5, p. 1370. Tudo isso foi obra do grande bispo Dom Tiago Ryan.
3) Homenagem da Ordem dos Músicos – O Conselho Regional do Pará da Ordem dos Músicos do Brasil confere-lhe, em 22 de novembro de 1976, Certificado pelos bons serviços prestados à classe e entregue em sessão pública na Casa da Cultura de Santarém.
4) Diploma de melhor Maestro do Ano – Representado por seu filho José Agostinho da Fonseca Neto, é agraciado com o Diploma de melhor Maestro do Ano, por ARSIOS Pesquisa e Empreendimentos associado à Rádio Clube de Santarém, em solenidade realizada em 15 de dezembro de 1976.
5) Medalhas concedidas em 1977
- Medalha do Rotary Clube Santarém (Aldeia), pela sua contribuição à música santarena.
- Medalha do Programa “Edinaldo Mota”, no 13º aniversário da Rádio Rural de Santarém, pela gravação, em LP, de “Terra Querida”.
- Medalha de sócio benemérito do “Fluminense Atlético Clube”, de Santarém.
- Medalha “Lira de Ouro”, do Sindicato dos Estivadores de Santarém, em reconhecimento pela composição da música de seu hino oficial.
6) Medalhas de Honra ao Mérito concedidas em 1978
- Em 22 de novembro de 1978, durante a Semana do Músico, é agraciado pela Ordem do Músicos do Brasil (Pará) e Prefeitura Municipal de Santarém com medalha de Honra ao Mérito.
- Em 23 de outubro de 1978, recebe medalha na comemoração do 13º aniversário da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), de Santarém, da qual é um dos fundadores.
7) Mérito Grão-Pará – Por Decreto nº 11.128, de 1º de março de 1979, do Governador Clóvis Silva de Morais Rêgo, é admitido no Quadro Regular do Mérito Grão-Pará, no grau de Oficial, e recebe as insígnias das mãos do próprio Governador, em cerimônia realizada em 14 de março do mesmo ano, no Salão dos Presidentes do Palácio Lauro Sodré, em Belém (PA).
8) “História não escrita do Banco do Brasil” (Premiação) – Sua narrativa “Clientes Indesejáveis”, de fatos curiosos ocorridos na Agência de Santarém (PA), é premiada e publicada no Boletim de Informações ao Pessoal (BIP), nº 73 – 1ª quinzena de abril de 1981, na seção “História não escrita do Banco do Brasil”. Veja o texto transcrito no livro “Meu Baú Mocorongo” (Wilson Fonseca), vol. 4, p. 1.080/1.081.
9) Medalha “Padre João Felipe Bettendorf” – Representado por seu filho José Agostinho da Fonseca Neto, é agraciado, em solenidade especial, com a honraria “Padre João Felipe Bettendorf”, conferida pela Câmara Municipal de Santarém, no dia 22 de junho de 1982, data comemorativa da fundação da cidade.
10) Medalha de Serviços Relevantes ao Pará – Em 5 de janeiro de 1984, em cerimônia realizada na Câmara Municipal de Santarém, é homenageado pelo Governador do Estado do Pará, Dr. Jáder Fontenelle Barbalho, que lhe concede a Medalha de Serviços Relevantes ao Pará, nos termos do art. 4º do Decreto nº 4.168, de 07.05.1963.
11) Revista “Asas da Palavra” – Universidade da Amazônia (homenagem) – Em 1995, foi homenageado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), na programação do Projeto “Esse rio é minha vida“, com o lançamento de edição da Revista “Asas da Palavra“, exclusivamente dedicada a Wilson Fonseca, a exemplo do que ocorrera com o maestro Waldemar Henrique e o poeta Ruy Barata.
12) Homenagem no Carnaval de 1997 em Belém – No carnaval de 1997, Wilson Fonseca (Maestro Isoca) foi homenageado, num carro alegórico, pelo Grêmio Recreativo Acadêmicos do Samba da Pedreira, de Belém (PA), sob o enredo “Foi assim, não te foste de mim”, tributo ao poeta santareno Ruy Barata, uma das mais queridas figuras da escola. Pela primeira vez a comissão-de-frente foi entregue a uma escola de dança clássica, sob o comando de Vera Lúcia Torres. No desfile, as moças deram um show e, a partir daí, ficaram como elementos integrantes da escola. Desfilou, como destaque, no carro alegórico a sua neta Gleisse Alessanda Canto Fonseca. O Maestro Isoca não pôde comparecer, por motivo de saúde, mas, emocionado, assistiu à homenagem pela televisão.
13) Festival de Arte Wilson Fonseca – Em 17 de novembro de 2001, data do aniversário do Maestro (89 anos), a Escola de Música “Maestro Wilson Fonseca”, dirigida por seu filho José Agostinho da Fonseca Neto (Tinho), promove o tradicional Festival de Arte Wilson Fonseca, desde 1998, que integra o Calendário de Eventos Culturais do Município de Santarém, com apresentação de vários espetáculos e exposições sobre a vida e a obra do compositor, na Casa de Cultura de Santarém, em homenagem ao patrono da Escola. É o derradeiro concerto que Isoca assiste, em sua terra natal.
14) Medalha do Mérito “Francisco Caldeira Castelo Branco” – Em 12.01.2002, Wilson Fonseca (Maestro Isoca) recebeu no Palácio Antônio Lemos, das mãos do Prefeito Edmilson Rodrigues, a Medalha do Mérito “Francisco Caldeira Castelo Branco”, a mais alta comenda conferida anualmente pela Prefeitura Municipal de Belém, por ocasião das comemorações do aniversário de fundação da capital paraense (386 anos), homenageando instituições e personalidades que tenham, de forma expressiva, prestado relevantes serviços à sua comunidade. Foi a última comenda recebida em vida pelo Maestro.
15) CDs “Sinfonia Amazônica” – CD “Sinfonia Amazônica” (volume 1), gravado pela Orquestra Jovem “Wilson Fonseca”, com participação do Coral “Expedito Toscano”, sob a regência, direção geral e artística de José Agostinho da Fonseca Neto, e lançado na Casa da Cultura de Santarém (PA), em 22 de junho (Gravação: Midas Amazon Studio, Belém-PA; Produção Fonográfica: Bahamas Songs & Music do Brasil Ltda., São Paulo-SP); e CD “Sinfonia Amazônica” (volume 2), gravado pela Orquestra Jovem “Wilson Fonseca”, com participação do Coral “Expedito Toscano” e do cantor Francisco Campos, sob a regência direção geral e artística de José Agostinho da Fonseca Neto, e lançado na Casa da Cultura de Santarém (PA), em 22 de dezembro de 2002 (Gravação: Midas Amazon Studio, Belém-PA; Produção Fonográfica: Bahamas Songs & Music do Brasil Ltda., São Paulo-SP). Escrevi os textos dos encarte de ambos os CDs. No volume 1 do CD “Sinfonia Amazônia” destaca-se o Dobrado “Maestro Wilson Fonseca”, de autoria de José Agostinho da Fonseca Neto, filho do homenageado, que entregou, pessoalmente, a partitura a Isoca por ocasião de sua posse como membro da Academia Paraense de Letras, em Belém (setembro/1995).
16) Tributo ao Maestro Wilson Fonseca (artigo) -A Revista Brasiliana nº 11 (maio/2002), da Academia Brasileira de Música, sediada no Rio de Janeiro, publica o artigo “Tributo ao Maestro Wilson Fonseca”, escrito por seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca, por sugestão do musicólogo paraense Vicente Salles, membro daquela entidade acadêmica.
17) CD “Encontro com Maestro Isoca”. Em 2002, é lançado o CD “Encontro com Maestro Isoca”, gravação ao vivo do último recital em homenagem a Wilson Fonseca, ocorrido na capital paraense, em 08 de janeiro, idealizado pela Professora Glória Caputo e organizado e produzido por seu filho Vicente Malheiros da Fonseca, com participação do Maestro e familiares, dois meses antes de seu falecimento. O lançamento ocorre na 2ª Bienal Internacional de Música de Belém, em 22 de setembro/2002 (após o falecimento do Maestro), pela Prefeitura Municipal de Belém, no Palco da Aldeia Cabana de Cultura Amazônica “David Miguel”. Participei, no CD, como pianista e arranjador de diversas músicas. Escrevi também o texto do encarte do CD.
18) Nome da Turma “Maestro Wilson Fonseca” – Wilson Fonseca é escolhido Nome da Turma do Curso Técnico em Instrumento, da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (2004), cuja solenidade de colação de grau ocorreu no dia 19 de março de 2005, no Art Doce Hall (Sala “Augusto Meira”), em Belém (PA). Em homenagem à Turma, compus a “Suíte ao Maestro Isoca”, em 2005, para Orquestra de Violinos e Piano a 4 mãos, peça em 6 movimentos: Sacra (“Ave Maria”), Maxixe (“Quase aos 50”), Valsa lenta (“Lira Iluminada” – trecho), Choro (“Sapecando Miudinho”), Canção (“Canção a um grande amor”) e Sairé (“Dança na Roça”). Dos seis movimentos da “Suíte ao Maestro Isoca” (Orquestra de Violinos e Piano a 4 mãos), foram executados, naquela solenidade de colação de grau, apenas o primeiro movimento (“Ave Maria” – sacra) e o segundo movimento (“Quase aos 50” – maxixe). No final da apresentação, o maxixe (2º movimento da Suíte) foi bisado pelo quinteto de violino e dueto de piano, a pedido da entusiasmada plateia. Em 2006, compus a “Segunda Suíte ao Maestro Isoca”, para Piano a 4 mãos, peça em 6 movimentos. A obra permanece inédita. A “Ave Maria” também foi integrada à “Sinfonia do Tapajós” (2006), que compus para o lançamento do livro “Meu Baú Mocorongo” (Wilson Fonseca), cujo 4º movimento (“Oração”), foi executado, em primeira audição, pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, em Santarém (PA), minha terra natal.
19) Medalha do Mérito Cultural – A Assembléia Legislativa do Estado do Pará institui, a “Medalha do Mérito Cultural e Patrimônio do Estado do Pará Maestro Isoca”, em homenagem a Wilson Fonseca, ao aprovar, em abril de 2005, o Projeto de Resolução nº 13/2003, de autoria da Deputada Estadual Regina Barata (PT). A primeira condecoração da medalha ocorre em Santarém (PA), em 14 de junho de 2006, com a entrega da comenda ao artista Laurimar Leal, na Câmara Municipal daquela cidade.
20) Nome de Turma – Curso de Educação Artística (UFPA) – Wilson Fonseca é escolhido Nome da Turma de Concluintes do Curso de Educação Artística com habilitação em Música, da Universidade Federal do Pará, em Belém (PA), do 2º semestre de 2005, sendo seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca escolhido Patrono da mesma Turma. Ao final da solenidade de colação de grau, realizada em 16 de junho de 2006, no Instituto de Ciência das Artes (ICA) – antigo Núcleo de Artes da UFPa – na capital paraense, é executada a composição “Valsa Santarena nº 54” (Duo para oboé e piano), de autoria de Vicente Fonseca, pelo formando Paulo André Maia da Cruz (oboé), acompanhado, ao piano, por sua avó Helena Maia.
21) A Lei Federal nº 11.338, de 03.08.2006, denomina o Aeroporto de Santarém como “Aeroporto Maestro Wilson Fonseca”.
22) A Lei Estadual nº 7.337, de 17.11.2009, declara como integrante do patrimônio cultural do Estado do Pará a obra musical e literária do Maestro Wilson Fonseca (Isoca).
23) A Lei Municipal nº 19.132, de 28.11.2012, denomina Rua Wilson Dias da Fonseca (Maestro Isoca), a antiga Rua Floriano Peixoto, em Santarém (PA), onde, aliás, reside meu irmão Maestro José Agostinho da Fonseca Neto (Agostinho Fonseca III), nosso Confrade na Academia de Música do Brasil, por sua indicação e aprovação.
24) O Decreto nº 27.126, de 09.10.2006 (D. O. 10.10.2006), do Prefeito Municipal do Rio de Janeiro, reconhece como logradouro público a “Rua Wilson Fonseca”, no bairro Santa Cruz, na “Cidade Maravilhosa”, em sua homenagem.
25) Em Manaus (AM) também existe a “Rua Maestro Wilson Fonseca”, no bairro do Japiim.
26) Wilson Fonseca foi Patrono da XVI Feira Pan-Amazônica do Livro (2012), promovida pelo Governo do Estado do Pará (Secretaria de Estado de Cultura), o quarto maior evento do gênero no Brasil e maior em programação cultural.
27) Em Santarém (PA), funciona o Instituto “Maestro Wilson Fonseca” (música, dança e teatro), em sua homenagem, dirigido por seu filho José Agostinho da Fonseca Neto, meu irmão. Eu compus o Hino da entidade.
28) Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maestro Wilson Fonseca”.
29) Escola Estadual de Ensino Médio “Maestro Wilson Dias da Fonseca”. Eu compus o Hino da Escola.
30) Livro “Meu Baú Mocorongo”, (Wilson Fonseca), impresso por RR Donnelley Moore (SP) e editado pelo Governo do Estado do Pará (Secretaria Especial de Promoção Social, Secretaria Executiva de Cultura e Secretaria Executiva de Educação), parte do Projeto Nossos Autores, coordenado pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (SIEBE), lançado em Santarém (PA), em 17.11.2006.
31) Busto de Wilson Fonseca, edificado por iniciativa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), na inauguração de seu nome ao Aeroporto de Santarém (“Maestro Wilson Fonseca”), em 17.11.2006.
32) Concertos e CD “Centenário Wilson Fonseca”, realizados em 27 e 30 de junho de 2012, pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, sob a regência do maestro José Agostinho da Fonseca Júnior (neto do compositor), em Belém (Theatro da Paz) e em Santarém (Igreja do Santíssimo), com a participação do Coro Carlos Gomes, em comemoração ao centenário de nascimento de Wilson Fonseca (Maestro Isoca), promovidos pelo Governo do Estado do Pará (SECULT). No programa musical, as obras “Centenário de Santarém” – abertura sinfônica (1948); “Missa Mater Immaculata” (1951), com arranjos orquestrais escritos por três gerações da família Fonseca: Wilson Fonseca (Benedictus), Vicente Malheiros da Fonseca, filho do compositor (Kyrie e Sanctus) e José Agostinho da Fonseca Júnior, neto do compositor (Gloria, Credo e Agnus Dei); “América 500 anos” – poema sinfônico, com texto poético de Emir Bemerguy no 4º movimento (1992); “Canção de Minha Saudade” (1949), com letra de Wilmar Fonseca e arranjo orquestral de José Agostinho da Fonseca Júnior. Foi executado, em número extraprograma (bis), o bolero “Um Poema de Amor” (1953), com arranjo orquestral escrito por mim.
33) A Orquestra Amazônia Jazz-Band apresenta-se, pela primeira vez, em Santarém (PA), sob a regência do maestro Nelson Neves, durante a programação dos 351 anos da cidade, em 22 de junho de 2012, quando executa a peça “Amazônia” (Wilson Fonseca) – Suíte para jazz-band, em 3 movimentos (samba, fox e frevo), dedicada especialmente à orquestra pelo compositor.
34) O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região aprova, na sessão plenária de 21 de junho de 2012, a outorga da Comenda da Ordem do Mérito “Jus et Labor”, no grau Oficial, ao Maestro Wilson Fonseca, post mortem, in memoriam, por indicação da Desembargadora Francisca Oliveira Formigosa, que foi juíza trabalhista em Santarém. A entrega da insígnia ocorre em sessão especial do Tribunal no dia 17 de setembro de 2012, em Belém (PA).
35) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, através da REVEN 04, realiza cerimônia de lançamento do Selo Personalizado “100 ANOS DE WILSON FONSECA”, sob condução do Diretor Regional dos Correios, Sr. Paulo Bezerra de Sales, na programação oficial dos 351 anos de fundação de Santarém (PA), no dia 23 de junho de 2012, no Terminal Fluvial Turístico, quando se apresenta a Camerata Wilson Fonseca.
36) “Valsa ao Centenário de Wilson Fonseca” (letra e música de Maria Da Conceição Malheiros da Fonseca), com arranjo para Piano a 4 mãos escrito por mim. A valsa contém citações de obras musicais de Wilson Fonseca, no trecho final: “Terra Querida”, “Maria das Dores”, “Conceição” e “Maria de Jesus” (valsas dedicadas a três filhas de Wilson Fonseca). A música foi compostas por dois filhos de Wilson Fonseca (Maestro Isoca), em comemoração ao centenário do pai que ocorreu em 2012. Conceição Fonseca, santarena, reside em Florianópolis (SC); e Vicente Malheiros da Fonseca, santareno, mora em Belém (PA).
37) “Quarteto 2012” (Quarteto de Cordas). A obra musical possui 4 movimentos, uma coda e inclui células típicas do Sairé (festa tradicional de Alter do Chão, município de Santarém). Cada movimento do quarteto corresponde a um momento marcante na vida de Wilson Fonseca: 1º movimento: MODERATO – Nascimento (1912); 2º movimento: ADÁGIO – Bodas (1941); 3º movimento: ANDANTE – Eternidade (2002); 4º movimento: ANDANTE (Sairé); e Coda: Centenário (2012). A obra musical foi executada nos “Concertos SESC Partituras”, pelo Quarteto de Cordas da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), no SESC Boulevard, em Belém (PA), em 18 de outubro de 2017; e, ainda, pelo Quarteto Amazônico de Cordas, no SESC Boulevard, em Belém (PA), em 14 de setembro de 2019.
38) “Dobrado Maestro Isoca”, de minha autoria, em homenagem ao centenário de nascimento de meu genitor (2012). O Dobrado aborda um gênero musical bastante explorado por Wilson Fonseca (que compôs 46 Dobrados, o último deles a mim dedicado). A obra musical foi executada, em primeira audição, pela Banda Sinfônica da Fundação Carlos Gomes”, em Belém (PA), sob a regência do Maestro Amílcar Pimenta, em 2012.
39) Livro “A Vida e a Obra de Wilson Fonseca (Maestro Isoca)”, de minha autoria, em homenagem ao centenário de nascimento de meu saudoso pai, impresso na Gráfica do Banco do Brasil, Rio de Janeiro (2012).
40) Nome da Turma “Maestro Wilson Fonseca” – Wilson Fonseca é escolhido Nome da Tuma de concluintes do Curso de Bacharelado em Música (2014/2015), pela Fundação Carlos Gomes e Universidade do Estado do Pará (FGC/UEPA), cuja solenidade de colação de grau ocorreu no dia 05 de março de 2015, na Igreja de Santo Alexandre, em Belém (PA), sendo seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca escolhido Patrono da mesma Turma. Ao final da solenidade de colação de grau, foi executada a composição musical, de minha autoria, “Ritual Sinfônico nº 3” (Sinfonia de Câmara), elaborada especialmente para o evento, tocada pelos formandos, em primeira audição mundial, naquela ocasião, sob a regência do Maestro Amílcar Gomes.
41) CD “Família Fonseca: Do Erudito ao Popular”, gravado pelo Trio de Flauta, Violoncelo e Piano (Frederico Mendes de Oliveira Mil Homens – Flauta; Samuel Pessatti – Violoncelo; e Cleusa Marisa Rosati – Piano, e lançado no Concerto de Música de Câmara, promovido pelo Projeto SESC Partituras, no Centro Recreativo, em Santarém (PA), em 17 de novembro de 2018, em comemoração ao aniversário natalício de Wilson Fonseca (Maestro Isoca), falecido em 2012; ao ano do Jubileu de Prata do Instituto “Maestro Wilson Fonseca”; e aos 60 anos da valsinha “Experimentar”, primeira composição musical de Vicente Malheiros da Fonseca, que nesse ano fazia 70 anos de idade.
42) Patrono da Cadeira nº 27 da Academia de Música do Brasil, que tenho a honra de ser o Titular, como Imortal da Música Erudita Brasileira. Eu compus o Hino da instituição.
43) Patrono da Cadeira nº 26 da Academia de Musicologia do Brasil, que tenho a honra de ser o Titular. Eu compus o Hino da entidade acadêmica.
44) Medalha “Wilson Fonseca” outorgada pela Academia de Música do Brasil, que tive a honra de receber em cerimônia da entidade, em São Paulo (09 de novembro de 2019).
45) Título, “in memoriam“, de Chanceler da Academia de Música do Brasil.
46) Título, “in memoriam“, de Chanceler Magno da Academia de Musicologia do Brasil (Patrono: Diplomata Vinícius de Moraes).
47) “Hino a Wilson Fonseca” (letra e música: Vicente José Malheiros da Fonseca). Wilson Fonseca é um dos Patronos Oficiais da Academia de Musicologia do Brasil, juntamente com Vasco Mariz, e José Cândido de Andrade Muricy).
48) Patrono da Cadeira nº 101 da Academia de Música do Rio de Janeiro, cujo Titular é seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca, na condição de Conselheiro Perpétuo.
49) Teses de estudos e homenagens póstumas -A vida e a obra de Wilson Fonseca têm sido objeto de estudos, dissertações e teses em cursos universitários, inclusive em nível de pós-graduação, até mesmo no exterior, como o livro que escrevi sob o título “A Vida e a Obra de Wilson Fonseca (Maestro Isoca)“, em homenagem ao seu centenário de nascimento, impresso na Gráfica do Banco do Brasil, Rio de Janeiro (2012).
50) A título de amostragem, faço referência, ainda, aos seguintes estudos e teses em homenagem a Wilson Fonseca:
a)Carmen Sílvia Gaia Cavalleiro de Macedo, A Contribuição de Wilson Dias da Fonseca para a Música do Pará, trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Técnico Cultural, promovido pela Fundação Cultural do Pará (FCPTN), através de convênio com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e a Universidade Federal do Pará (UFPa), 1991, Belém-Pará (21 páginas fotocopiadas).
b) Revista “Asas da Palavra” (Revista do Curso de Letras, Centro de Ciências Humanas e Educação, Universidade da Amazônia – UNAMA), volume 2, nº 3, outubro de 1995, Grapel – Gráfica Paraense Editora Ltda., Belém (PA), em homenagem a Wilson Fonseca (comemoração aos 75 anos de vida musical do compositor).
c)Mavilda Jorge Aliverti, Wilson Fonseca e a crônica musical de Santarém. 2003. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
d)Celson Henrique Sousa Gomes – Tese doCurso de Doutorado em Música, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), com ênfase em Educação Musical, particularmente a investigação sobre as atividades da família Fonseca (“Educação Musical na Família: As Lógicas do Invisível”), sob orientação da Profª. Drª. Jusamara Vieira Souza, sendo membros da banca Profª. Drª. Maria da Graça Jacintho Setton (USP); Profª. Drª. Ana Lúcia Marques de Louro (UFSM); e Profª. Drª. Maria Elizabeth Lucas (UFRGS). Defesa da tese: 27.03.2009.
e)Humberto Valente Azulay – “Wilson Fonseca: crendices e lendas amazônicas para canto e piano” – Dissertação do Curso de Mestrado em Música, no Programa de Pós-Graduação em Artes, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Defesa apresentada em 08 de fevereiro de 2012, sob orientação da Professora Doutora Sônia Chada, sendo ainda membros da banca examinadora os doutores Áureo Freitas (UFPA) e Antônio José Augusto (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ).
Tomo a liberdade de transcrever algumas manifestações do Dr. Luis Roberto Von Stecher Trench, Presidente da Academia de Música do Brasil, no Facebook, sobre a outorga do Título de Chanceler, “in memoriam“, a Wilson Fonseca, pela entidade acadêmica:
WILSON FONSECA – CHANCELER IN MEMORIAM DA AMB
Muita alegria em haver indicado o nome do ilustre Maestro Wilson Fonseca – pai do nobre Confrade Desembargador Vicente Malheiros da Fonseca, Vice-Presidente da Academia de Música do Brasil para ser nosso Chanceler in memoriam.
O Maestro Wilson Fonseca é também Patrono de Cátedra da Academia no caso específico de seu filho, Vicente Malheiros da Fonseca, também nosso Acadêmico Imortal e Conselheiro Perpétuo.
Wilson Fonseca, apesar do meu respeito ao grande Waldemar Henrique, criador de lindas canções que ajudam a imortalizar o Pará no Populário Brasileiro, foi em minha opinião e ao lado de Gama Malcher, o maior Compositor erudito e semi-erudito já nascido naquele nobre estado da Federação Brasileira, onde faleceu Carlos Gomes.
LUIS ROBERTO VON STECHER TRENCH
Chanceler de Honra do Brasil
Do Comitê de Honra da Fondation Franz Liszt da França
Chanceler Magno da Academia de Música do Brasil
Presidente da Academia de Música do Brasil.
(…)
Luis Roberto Von Stecher Trench II:
Não podemos esquecer que, com relação à AMB, o Maestro Wilson Fonseca também dá nome a uma de nossas Medalhas, é Patrono da Cadeira 27, ocupada pelo Confrade Desembargador e Compositor Vicente Malheiros da Fonseca e também é objeto da reverência e de estudos especiais sobre sua obra deste que vos fala e é Presidente da Academia de Música do Brasil
(…)
O Brasil precisa conhecer melhor a obra Erudita de Wilson Fonseca. Ele é mais afamado pelas suas obras semi-eruditas e também populares. A faceta erudita do Maestro Isoca é surpreendente e de altíssimo nível. O Brasil deve esse reconhecimento de grande Compositor ERUDITO a Isoca e mesmo os escritos condignos e entusiásticos do Musicólogo Vicente Salles ainda não lograram conceder a notoriedade merecida ao ilustre Bardo Santareno. Pessoalmente, como Crítico (abstraindo dos cargos de Presidente de 2 Academias: Academia de Musicologia do Brasil e a Academia de Música do Brasil) pretendo contribuir condignamente para o grande reconhecimento e divulgação em grande escala, ainda que póstumos, do importante setor erudito da Obra Musical do Maestro Wilson Fonseca.
Coda
Portanto, são muito oportunas as homenagens que diversas instituições públicas e privadas, inclusive entidades acadêmicas de âmbito nacional e de outro Estado brasileiro, prestam a Wilson Fonseca (Maestro Isoca), meu eterno Mestre na vida e na arte.
Em nome da família, manifesto meus agradecimentos pela indicação do nome de meu saudoso pai Wilson Fonseca (Maestro Isoca), para a outorga dos Títulos, “in memoriam“, de Patrono e Chanceler de Cátedras da Academia de Música do Brasil, da Academia de Musicologia do Brasil e da Academia de Música do Rio de Janeiro, além de outras honrarias, o que constitui motivo de orgulho para Santarém, nossa terra natal, e o Pará.
Wilson Fonseca (Maestro Isoca), compositor, pianista, saxofonista, organista, poeta, historiador, memorialista, folclorista, professor, escritor e tantas outras qualidades, merece todas as homenagens que lhe são prestadas, em vida ou não.
Vejamos, enfim, algumas opiniões sobre Wilson Fonseca:
a) “… um caso singular no Pará, talvez raro no Brasil e no mundo, na sua maneira de ser e viver, como compositor” (…) (in “Jornal de Brasília”, Caderno Cultura, pág. 20, edição de 21.8.1982 (Musicólogo Vicente Salles, paraense).
b) “Guardadas as proporções de tempo, o caráter e o sentido da época, que bem define o estilo e a maneira de viver, Wilson Fonseca não deixa de sugerir a idéia de um autêntico compositor barroco do século XX. Tal como o padre mestre José Maurício Nunes Garcia, ou os compositores mineiros do século XVIII, adquiriu pelo próprio esforço o conhecimento e a técnica que o credencia a ocupar o seu espaço na história da música regional, ou até nacional, com a dignidade de verdadeiro mestre. Mestre do barroco no século XX. É uma oferenda musical de Santarém” (in “Sociedades de Euterpe“, pág. 216, edição do autor, 1985, cf. Vicente Salles, musicólogo paraense).
c) [A obra de Wilson Fonseca é] “sempre original e sugestiva, impregnada de sadio regionalismo, onde a inventiva melódica pontifica sem comprometer a nítida tendência instrumental de um compositor autêntico“(cf. Parecer nº 02/77 – Processo nº 3736, incluso nos volumes publicados de sua Obra Musical – Maestro Waldemar Henrique, paraense).
d) “Isoca, autodidata, jamais se afastou das autênticas raízes nacionais. Sua música, impregnada de sadio regionalismo, guarda a essência e as características da alma brasileira e, ao mesmo tempo, possui uma dimensão universal, ainda quando aborda as manifestações folclóricas, a cadência sincopada do maxixe ou o ritmo inconfundível do choro”(in Jornal “O Liberal”, Caderno Cartaz, Belém/PA, em 17.11.2000: “Ao Maestro, com carinho” – Vicente José Malheiros da Fonseca, filho de Wilson Fonseca – Maestro Isoca).
e) “Com uma fertilidade mozartiana, criou obras de câmara para solos, duos, trios, quartetos, quintetos, canções, missas, cantatas, peças de banda, música de salão, coral e sinfônica, sem nunca descuidar das manifestações populares mais autênticas, como é o caso do seu conjunto de peças para as “Pastorinhas de Santarém”. Autodidata, a exemplo do Padre José Maurício Nunes Garcia, no século XVIII, tornou-se como aquele mestre do barroco, um mestre da nossa música no século XX, quer no plano regional, como, sem exagero e com maior dignidade, no nacional. Como todos sabemos, o regionalismo contém em sua própria definição a noção de confinamento, de limite. O maestro, porém, em lugar de se manter somente no território folclórico da nossa região, teve a sabedoria de, imitando os rios amazônicos, expandir os limites da sua música caudalosa, fazendo-a fluir sem fronteiras, aberta, livre e universal. Daí a diversidade de gêneros que aborda, a sua riqueza de ritmos e a variedade de inspiração melódica” (Texto no encarte do CD “Projeto Uirapuru – O Canto da Amazônia – Wilson Fonseca”, v. 1, Belém/PA, 1996 – Gilberto Chaves, crítico musical, paraense).
f) Alheio a modismos ou escolas, ele jamais se afastou das autênticas raízes nacionais, daí porque a sua música, impregnada de sadio regionalismo, guarda a essência e as características da alma brasileira e, ao mesmo tempo, possui uma dimensão universal, mesmo quando aborda as manifestações folclóricas, a cadência sincopada do maxixe ou o ritmo inconfundível do choro. Nela se observa uma nítida identificação com a herança transmitida por seus grandes mestres (Bach, Ernesto Nazareth e José Agostinho da Fonseca). Do primeiro, extraiu a estrutura fundamental, aperfeiçoada pela singular formação epistolar, com a proveitosa troca de correspondências com mestres da escola germânica (Frei Pedro Sinzig, Frei Alberto Kruse, o Tomás Samaí, e Dr. Heinrich Lemacher), o que lhe valeu um convite para estagiar na Alemanha, que não pôde atender. Do segundo, retirou a experiência da cultura de nosso povo, nas manifestações folclóricas, na cadência sincopada do maxixe ou no ritmo inconfundível do choro. E do terceiro, recebeu o tempero necessário do sabor santareno, elemento telúrico e determinante em todas formas que se expressou na arte dos sons (cf. palavras de seu filho Vicente José Malheiros da Fonseca, no artigo “Tributo ao Maestro Wilson Fonseca”, na Revista Brasiliana nº 11, de maio-2002, da Academia Brasileira de Música, sediada no Rio de Janeiro-RJ).
Comentários