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Em Nova Iorque, no “Climate Week NYC”, o governador Helder Barbalho anunciou nesta terça-feira (19) o lançamento do primeiro edital de concessão florestal à iniciativa privada, uma área de 11 mil hectares em São Félix do Xingu, no sudeste paraense. “É muito simbólica essa primeira concessão porque é uma área grilada, de proteção ambiental, e em um dos territórios de maior conflito florestal do Pará, que é o município de São Félix do Xingu, o que mais emitiu gases de efeito estufa. Nós recuperamos essa área, reestabelecemos o domínio, fizemos o estudo do bioma e estamos nos estruturando para fazer a primeira concessão de restauro”, informou o governador durante o painel “Negócios Para a Natureza”, que integra a programação anual promovida pela ONG Climate Group, cujo objetivo é propor ações de curto prazo para reduzir os impactos no clima.

Sem explicar que modelo de concessão será utilizado e nem as obrigações da empresa concessionária e do poder público, Helder sustentou a necessidade de garantir a transição do uso do solo com um novo modelo econômico para a Amazônia, que pode surgir do cenário proporcionado pela COP 30 (conferência mundial sobre o clima) em Belém e da agenda de sustentabilidade. “Floresta viva, que consiste em biodiversidade e em bioeconomia, deve ser vista dentro da lógica das concessões florestais, de restauro. Não é possível imaginar que somente com a redução do desmatamento será possível zerar as nossas emissões. Portanto, a urgência posta é de redução de desmatamento e também de restauração das áreas antropizadas (já modificadas pela ação do homem)”, reiterou.

Outro ponto destacado pelo governador do Pará foi a meta de restauração florestal do Estado: até 2030 restaurar 5,65 milhões de hectares. “O grande diferencial é que o poder público está promovendo a restauração e fazendo um chamamento para a iniciativa privada, garantindo condições para que isso possa ser feito”, frisou.

Helder Barbalho também participou de reunião com o comitê diretivo da 28ª Conferência das Partes (COP 28), que será realizada nos Emirados Árabes no final deste ano. Ele novamente destacou o esforço do Governo do Pará em implementar uma política voltada para a agricultura regenerativa, que consiste na recuperação do solo e manutenção de todo o sistema de produção de alimentos agrícolas, incluindo comunidades rurais. O Pará é o único estado brasileiro membro do comitê.

Ele também reuniu com representantes da Bloomberg Philanthropies, organização internacional que tem experiência em promoção e organização da Conferência das Partes (COP). “Tratamos de uma possibilidade de parceria da Bloomberg Philanthropies, na pessoa do fundador da entidade, Michael Bloomberg, com o Estado do Pará nos preparativos para a COP 30. A Bloomberg já foi patrocinadora de várias COPs, organizou diversos eventos sobre finanças, comunicações e outros temas. O que eles estão oferecendo para nós nessa carteira de apoios em comunicação é a divulgação e a organização, para que isso possa ser aplicado na COP em Belém. Agora, o próximo passo é fazer reuniões com os times específicos, para que possamos estabelecer qual a parceria que vamos construir”, adiantou.

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