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O Brasil registra 2,2 milhões de primeiras doses de vacinas aplicadas contra a dengue, mas só 636 mil segundas doses. Isso significa que menos da metade das pessoas que tomaram a dose inicial buscaram a dose adicional. Os dados preliminares são do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI). No Pará, a situação é semelhante: das 64 mil doses recebidas, apenas 18 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 156 pessoas retornaram para a segunda dose. É importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa.

A vacinação é uma das inovações para enfrentar a dengue, que em 2024 aumentou em todo o mundo, sobretudo devido às mudanças climáticas. Para ter proteção contra casos graves e hospitalizações por dengue, o público-alvo precisa tomar duas doses do imunizante incorporado de forma inédita no SUS.

O público, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Ministério da Saúde reforça que, embora o imunizante contribua para frear o avanço da doença, ainda não é a ferramenta mais eficaz no seu enfrentamento, dada a capacidade de produção do laboratório fornecedor que não é suficiente para atender à demanda do Brasil. Por isso, a população deve fazer a sua parte: usar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; remover recipientes que acumulem água e possam se transformar em criadouros de mosquitos; vedar reservatórios e caixas de água; desobstruir calhas, lajes e ralos; e participar da fiscalização e das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.

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