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O resgate de dois sítios arqueológicos pela Alcoa, antes da instalação
da mina de bauxita de Juruti, à beira do rio Amazonas, na área onde hoje
funciona o terminal portuário da mineradora e refinadora de alumínio, foi
destaque no 2º Colóquio Ibero-Americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto
– promovido em Belo Horizonte pela Universidade Federal de Minas Gerais e Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) -, que considerou o
trabalho referência em licenciamento ambiental.
Foram encontradas cerâmicas e artefatos de pedra e madeira que revelam
um pouco sobre a população que viveu às margens do rio, na comunidade hoje
conhecida como Terra Preta.  A análise
das amostras aponta indícios de ocupação da área datando de seis mil anos.
Também há materiais evidenciando nova onda de ocupação por volta do ano
1.200 da Era Cristã. Já o passado colonial de Juruti foi expresso em algumas
peças do século XVIII, indicando ocupação desde 1748, e não só a partir de
1818, quando ocorreram as primeiras missões que visavam fiscalizar o rio
Amazonas.
Trata-se de descoberta científica importante, que merece ser aprofundada,
junto aos demais sítios arqueológicos existentes na região, muitos já
identificados e datados e com peças classificadas e catalogadas. Afinal, essa é
uma das muitas vertentes da sustentabilidade da atividade minerária.  As grandes empresas que atuam na região podem
contribuir em  muito para descortinar o
passado e projetar o futuro protegendo os vestígios históricos e disseminando o
conhecimento.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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