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Hoje,
quando todos, no mundo inteiro, trocam mensagens de fraternidade universal, é o
dia propício a uma reflexão duradoura acerca do quanto pode ser feito por toda
a Humanidade a partir da postura de cada um.
Por
que ser feliz um dia só se podemos ser mais felizes? Por que fazer de conta, só
hoje, que tudo é bom e perfeito, e fechar os olhos e mais uma vez continuar a
permitir todas as desgraças que nos assolam? Como podemos achar que a
felicidade consiste em comprar objetos e presentear e ser presenteado com eles,
quando o que é de fato importante, necessário e crucial para nos deixar felizes
não está à venda? Para que estabelecer condicionantes materiais à alegria se
ela se desenha nas coisas mais simples do dia-a-dia e na maioria das vezes
simplesmente não as enxergamos?

nos incomodamos com a violência – em todas as suas nuanças – quando ela nos
atinge, aos nossos familiares ou amigos. Assim também quanto às drogas e à
criminalidade de um modo geral. Só tomamos conhecimento da injustiça quando ela
se manifesta em nossas vidas e nas dos que nos são queridos. Só nos
manifestamos quanto à desigualdade quando sofremos com ela. Só nos
sensibilizamos com a dor e o sofrimento dos outros quando nos alcançam e aos
que amamos.
Precisamos
morar no lugar A, ter o carro B, dispor de bens de consumo que o alfabeto
inteiro é insuficiente para ilustrar, a fim de que finalmente nos sintamos plenamente
felizes e realizados. E assim passamos a vida correndo atrás de miragens, até
que um dia um acidente, uma doença incurável, um mal súbito e fatal, atalhe
essa busca incessante.
Por
que não aproveitar o Natal como o recomeço de um ciclo, o nascimento de uma
nova sociedade, mais justa, mais consciente do papel de cada um para o bem
estar coletivo, a começar de gestos simples como respeitar o direito do outro,
em todas as situações?
A
todos, um belo e amoroso Natal, no aconchego da família e dos amigos, com a
consciência do real valor de tudo o que nos cerca, e de todas as possibilidades
que temos de fazer mais e melhor por todo mundo, hoje e sempre.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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