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Foi resgatado ontem de manhã o corpo da bebê de 24 dias que caiu no rio Parauaú, em Breves, quando a rabeta em que viajava com a família foi abalroada pela lancha Transmarajó. O Corpo de Bombeiros e ribeirinhos fizeram busca intensa nas águas. A embarcação é da empresa de navegação Oliveira Nobre, que faz a linha intermunicipal Portel/Breves, no arquipélago do Marajó, e navegava em alta velocidade quando partiu a rabeta em que iam a mãe com a bebê no colo, um adolescente de 14 anos, um criança de 4 anos e outra de 9 anos. O acidente foi no final da manhã da sexta-feira (31). Se condutor da lancha tivesse parado para prestar socorro à família, a bebezinha talvez pudesse ter sido resgatada com vida. Ribeirinhos que testemunharam o crime ajudaram a mãe da criança e os outros filhos, e todos ficaram feridos, além do imenso choque emocional.

Até agora não se tem conhecimento de qualquer providência para responsabilizar administrativamente, civil e criminalmente o condutor da lancha e a empresa. Mais uma tragédia que abala os marajoaras e fica impune. A população ficou revoltada e fechou o rio durante boa parte do dia, em protesto contra o descaso com as vidas marajoaras.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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