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A Eletronorte realizou audiência pública em Itaituba, onde quer instalar base para o complexo Tapajós, com previsão de construção de cinco hidrelétricas. O projeto é inspirado na logística da Petrobrás, com transporte dos operários em helicóptero, eliminando a necessidade de construção de vilas no entorno das usinas, para reduzir o desmatamento. As usinas-plataformas, sem necessidade de abertura de estrada, serão montadas com os equipamentos levados por via fluvial ou aérea.
O inventário da bacia do Tapajós já foi entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, e a primeira a ir a leilão deve ser São Luiz do Tapajós, com potência de 6,133 mil MW, já incluída no Plano Decenal de Energia 2008-2017, com início de operações previsto para janeiro de 2016. A outra UHE do rio Tapajós é Jatobá, com 2,338 mil MW.
Os números impressionam: a região tem 200 mil quilômetros quadrados de áreas de preservação – equivalente aos Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe juntos -. São 22 unidades de conservação, além de terras indígenas e da área militar da Serra do Cachimbo. A área alagada será terá cerca de 2 mil Km2 de reservatórios – cinco vezes o espelho d’água da Baía de Guanabara.
A Eletrobrás diz que o complexo terá capacidade para gerar 50,9 milhões de megawatts-hora por ano, equivalente ao consumo de 30,5 milhões de barris de petróleo. E quer terminar os estudos até o fim de 2010, para fazer o primeiro leilão em 2011.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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