Publicado em: 10 de outubro de 2025
O Banco da Amazônia inaugurou, na quinta-feira, 9 de outubro, o seu Centro Cultural, instalado no prédio-sede da instituição, na avenida Presidente Vargas, em Belém. A abertura foi marcada por uma cerimônia que reuniu autoridades, artistas e representantes de instituições públicas e privadas. Em outubro, Centro Cultural Banco da Amazônia funcionará de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h; em novembro, de terça a domingo, das 10h às 19h. A entrada é gratuita.
Com investimento de R$ 30 milhões, o espaço ocupa quatro mil metros quadrados e se torna o primeiro centro cultural amazônico vinculado a um banco público de economia mista. O prédio foi adaptado para receber três galerias, biblioteca, minilab de inteligência artificial, seis salas de oficinas, restaurante e café.
A exposição de estreia, “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, já está em cartaz. Produzida pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, da África do Sul, a mostra apresenta 50 painéis fotográficos e uma instalação audiovisual que percorrem a vida do líder sul-africano, da infância à luta contra o apartheid, passando pelos 27 anos de prisão e chegando à eleição como o primeiro presidente negro de seu país.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, lembrou que a instituição já mantinha, há 24 anos, uma pequena galeria dedicada a artistas regionais e ressaltou a diferença que o novo Centro Cultural representa: “saímos de uma sala de 40 metros quadrados para inaugurar um Centro Cultural à altura do que o Banco da Amazônia representa para a região”, afirmou. Para ele, o projeto expressa a missão institucional: “nossa missão não é apenas conceder crédito. Levar desenvolvimento para a Amazônia também passa por investir na cultura, no social, na valorização da nossa identidade”.

Autoridades do setor cultural e representantes de órgãos federais também reforçaram a relevância da iniciativa. Telma Saraiva dos Santos, do Escritório do Ministério da Cultura no Pará, avaliou que o espaço amplia as possibilidades de visibilidade para os artistas: “para mim, que sou artista visual, é uma imensa felicidade ter mais uma galeria de arte no Pará. É mais um espaço para nossos artistas que falam da Amazônia”.
O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, avaliou a inauguração como parte de uma política ousada em favor da região: “o Banco em si, na sua história, já representa muito para o processo de desenvolvimento da nossa região. E hoje, também a cultura é a alma da nossa região”. Ele enfatizou que a construção de um modelo sustentável de desenvolvimento passa pelo fortalecimento das tradições artísticas: “é preciso uma interação do Banco da Amazônia com a Sudam para pensarmos qual é a Amazônia que nós queremos. Nós queremos desenvolvimento social, mas também queremos cultura e valorização das artes”.
Entre os convidados também esteve o presidente do Ibraf, João Bosco Monte, que reforçou o valor simbólico da exposição de abertura: “é um momento muito especial. Os visitantes que virão ao Banco da Amazônia saberão um pouco da vida de Nelson Mandela, o homem que mudou a história da África do Sul, do continente africano e que impactou o mundo”, afirmou. Ele acrescentou que a mostra dialoga com o atual contexto da capital parauara, que se prepara para receber a COP30: “a reconciliação – tema principal da exposição – é o que esperamos que sirva de inspiração para as pessoas que visitam Belém e a exposição”.
A gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, explicou o conceito da programação: “q iniciativa reforça a importância do diálogo intercultural e da diversidade como pilares para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, convidando o público a refletir sobre os desafios e avanços na promoção da igualdade e reconciliação no Brasil e no mundo”.
O evento de inauguração foi encerrado com apresentações musicais, incluindo o violonista Salomão Habib. No próximo dia 15 de outubro, o Banco lançará o edital para pautas de ocupação do espaço, com previsão de bonificações específicas para expositores da região amazônica.
A Academia Paraense de Letras prestigiou o evento, representada por Salomão Habib, Nazaré Mello, Benilton Cruz e Márcia Forte. A cantora Sandra Duailibe também esteve presente.










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