Idealizado pela Associação Cultural e Esportiva de Negros, Negras e Afrodescendentes da Amazônia – ACENA, o Carimbó Acena Fest será realizado pela segunda vez. Além das apresentações musicais, o festival também vai realizar rodas de conversas com mestres e mestras da cultura popular e oficinas formativas. A programação se estende até 5 de novembro. A primeira mostra será neste domingo, 18, no Ponto de Cultura Acena, no conjunto do Maguari. O segundo dia de shows vai ser no dia 25, na quadra da Escola de Samba Mocidade Olariense, em Icoaraci. Ao todo, o evento reunirá 27 grupos de carimbó. Nesta edição, Mestre Nego Ray, Mestre Thomaz Cruz e Mestra Déia Palheta serão os homenageados. Todas as oficinas do evento são gratuitas e o ingresso para os shows custa R$10 na portaria do evento.
O festival é patrocinado pelo Edital de Múltiplas Linguagens e realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo. É coordenado por Isabel Afonso, com produção de Francisco Tapajós e Harles Oliveira e direção artística de Harles Oliveira. Será transmitido ao vivo no canal da Acena no Youtube, com intérprete de libras e audiodescrição disponível.
O ponto de cultura já realiza trimestralmente o “Tamborimbó”, uma roda de tambor e carimbó, há 21 anos. A associação atua na valorização da cultura popular paraense e afro-brasileira. O trabalho da organização abrangendo o teatro, a dança e a literatura, além da cobertura de eventos culturais e esportivos. A iniciativa tem transformado vidas e fortalecido a identidade cultural do bairro periférico onde a instituição está localizada.
Após dez anos do reconhecimento do Carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial, pouca coisa mudou para mestres, mestras e carimbozeiros. Mestre Ray, um dos homenageados no II Carimbó Acena Fest, sintetiza: “a gente quase não viu mudança, a criação, por exemplo, de uma política pública, com agenda. É necessário que as promessas sejam implementadas, Para que as pessoas possam ter acesso, né? Os mestres possam ser amparados”.
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