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A Organização Mundial da Saúde estabeleceu metas globais para erradicar o câncer de colo de útero até 2030: vacinação contra o HPV para 90% das meninas e adolescentes de até 15 anos; exame Papanicolau para pelo menos 30% das pessoas com útero, de 25 a 65 anos; e tratamento no estágio inicial do câncer para 90% da população. Recentemente, a OMS acrescentou a meta de ampliar a realização do teste molecular para detecção do HPV pelo DNA, um exame quatro vezes mais eficaz na identificação de lesões precursoras.  O HPV é o principal responsável pelo câncer de colo de útero, causando cerca de 90% dos casos. O vírus também está associado a outros tipos de câncer, como os de boca, orofaringe, vulva, pênis e canal anal.

Estudos recentes do King’s College, de Londres, mostram que a vacina contra o HPV é capaz de reduzir em 87% a incidência do câncer de colo de útero quando administrada na infância, demonstrando ser a ferramenta mais eficaz no combate à doença. O diagnóstico do câncer de colo do útero é um processo que envolve múltiplas etapas, desde o rastreamento com o Papanicolau até exames mais específicos como a biópsia e exames de imagem. No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo com maior incidência entre as mulheres. Para cada ano do triênio 2023-2025, estima-se 17.010 novos casos.

O mês de março marca um período e atenção especial à condição feminina, e a Assembleia Legislativa do Pará, presidida pelo deputado Chicão (MDB), está concentrando esforços em campanhas preventivas quanto à saúde, bem-estar e segurança das mulheres. Uma das iniciativas é a distribuição de cartilhas e folders educativos, de autoria do médico ginecologista da Alepa, Paulo Sérgio Priante, e da enfermeira Gisele Sousa, com a colaboração dos acadêmicos de Medicina Íris Araújo, Thainara Saraiva, Arley Barreto, Yara Camile, Leonardo Ramalho, Paula Vitória, Emmily Duarte, Vitor Eduardo, Taywri Almeida, Luiz Augusto, Stefy Chaves, Vinicius Everton, Claudia Lorena, João Victor, Leandra Moraes, Vitória Goleniesky, Hugo Daher e Sinara Amaral.

A ginecologista Mary Valente reforça a importância dessas ações: “Se conseguirmos vacinar em massa contra o HPV, incentivar o uso de preservativos e garantir que as mulheres com mais de 25 anos realizem exames preventivos anualmente, estaremos no caminho da erradicação do câncer de colo de útero. Não se trata apenas de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, mas de proteger contra o câncer. Pais e mães precisam entender que vacinar seus filhos é garantir um futuro mais saudável para eles. A implementação de políticas públicas voltadas à prevenção é fundamental, não apenas para garantir o diagnóstico precoce, mas também para reduzir os custos de tratamento quando a doença é identificada em estágios iniciais”, destaca.

A vacina tetravalente contra o HPV está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. A faixa etária foi escolhida devido à alta produção de anticorpos nessa idade e à possibilidade de imunização antes do início da vida sexual.

Assistam ao vídeo com o aconselhamento do Dr. Paulo Sérgio Priante.

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