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Está simplesmente belo o cartaz do Festival de Ópera do Theatro da Paz. Criado pela Galvão Propaganda, a partir de ideia do secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, a foto foi sugerida pelo cineasta Fernando Meirelles. 

A bilheteria do XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz , que começa em 7 de agosto e vai até 19 de setembro, no Theatro da Paz e na Igreja de Santo Alexandre, abre na segunda-feira (27), para todas as atrações, exceto para as récitas de “Os Pescadores de Pérolas”, cuja venda será só em agosto. Este ano serão encenadas duas óperas. A primeira é “A Ceia dos Cardeais”, do compositor paraense Iberê de Lemos, montada pela primeira vez em Belém, na Igreja de Santo Alexandre, em agosto; a segunda, encerrando o festival, em setembro, no Theatro da Paz, é “Os Pescadores de Pérolas”, obra do compositor francês Georges Bizet, cuja grande novidade é a direção cênica do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, diretor de “Cidade de Deus”, “O Jardineiro Fiel” e “Ensaio Sobre a Cegueira”, entre outros filmes premiados. Outra novidade é que ‘Os Pescadores de Pérolas’ será vista, em uma das récitas, simultaneamente em Belém e em cinemas de algumas cidades brasileiras, como já é costume nos EUA e na Europa. Além disso, o canal HBO vai fazer documentário de uma hora sobre a montagem. No concerto de abertura a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz será regida por Mauro Wrona, que é produtor, cantor lírico, diretor cênico e também maestro, nome dos mais respeitados e admirados na cena operística nacional.

Haverá três recitais, de Carmem Monarcha, Eliane Coelho e Denise de Freitas – todas cantoras de renome -, e mais um com 14 solistas paraenses egressos do Coro Lírico do Festival de Ópera: Andrey Mira, Antônio Wilson, Dhuly Contente, Elizabeth Mello, Idaías Souto, Ione Carvalho, Jéssica Wisniewski, Juliane Lins, Késia Andrade, Lanna Bastos, Luciana Tavares, Raimundo Mira, Thaina Souza e Tiago Costa, acompanhados ao piano por Junia Santiago e Humberto Azulay. O evento terá sete palestras sobre a cena operística, uma delas com Fernando Meirelles, além de masterclass de canto lírico com a professora Eliane Coelho. O encerramento terá o já tradicional concerto ao ar livre, de graça, em frente ao Theatro da Paz. 

O diretor artístico do festival, Gilberto Chaves, revelou que a OSTP será regida pelo maestro Carlos Moreno e detalhou que a ópera “A Ceia dos Cardeais”, baseada em peça homônima de Júlio Dantas, do início do século XX, foi escrita entre os anos de 1925 e 1942 por Iberê de Lemos que, tendo feito estudos na Inglaterra, voltou ao Brasil, onde se tornaria um dos maiores amigos de Heitor Villa-Lobos. A peça foi escrita para três solistas – tenor, barítono e baixo –, que representam três velhos cardeais reunidos em uma ceia no Vaticano, ocasião em que resolvem confidenciar, uns aos outros, seus amores juvenis, antes de se decidirem pela carreira eclesiástica. 

Já “Os Pescadores de Pérolas” terá como solistas Fernando Portari, Camila Titinger, Leonardo Neiva e o paraense Andrey Mira. A direção cênica é de Fernando Meirelles, com a OSTP regida pelo maestro titular, Miguel Campos Neto, e o Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz pelo maestro Vanildo Monteiro, que vem elevando a cada ano a qualidade de seus integrantes. “Os Pescadores de Pérolas” é a obra da juventude de Georges Bizet, do período pré-impressionista da Escola Francesa, e busca mostrar o então Ceilão, onde se passa a história, com cores mais naturalistas. Nesta montagem paraense, haverá um diálogo com o cinema, por meio da visão do diretor, que vai dirigir três curtas-metragens produzidos e gravados em Belém, no Bosque Rodrigues Alves, e exibidos na ópera como parte da trama. A ação mostra a vida dos pescadores artesanais de pérolas, que elegem Zurga como seu chefe. Nadir, um antigo amigo de Zurga, surge, e os dois recordam que ambos se apaixonaram por uma mulher, mas renunciaram a amá-la e juraram amizade eterna. Até que uma misteriosa mulher surge novamente entre eles. 

Os solistas do concerto de encerramento serão Fernando Portari, Camila Titinger, Leonardo Neiva, Mar Oliveira, Ione Carvalho, Kézia Andrade, Lanna Bastos, Thaina Souza e Astrid Maria (bailarina), com a OSTP e o Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz sob regência geral do maestro Miguel Campos Neto. 

“Nosso coro não deixa nada a desejar, além de uma orquestra que só tem evoluído. A formação de habilidades específicas para o lírico, a oportunidade do desenvolvimento profissional, a visibilidade do evento e de todos os envolvidos, tudo isso é muito importante para a nossa cultura. A mão de obra do festival é formada por pessoas aqui da terra. Dos 326 artistas envolvidos no festival, 90% são de mão de obra paraense, ou seja, vamos aprimorando a prata da casa. Tudo isso com a possibilidade de colocarmos o Pará para o Brasil e para o mundo”, declarou o secretário de Cultura. 

Vejam a programação completa e os preços dos ingressos aqui.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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