

Em razão de seu valor artístico e histórico, a fachada da Rocinha foi adotada como logomarca e símbolo maior do Museu Paraense Emílio Goeldi e abriga exposições, o Centro de Visitantes e o Serviço de Educação do MPEG. O nome do edifício homenageia o criador do Museu, Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888).
Agora, pela representatividade de seu estilo arquitetônico, participa do projeto da Azougue Editorial, um livro sobre ‘Patrimônios do Brasil – projetos de restauração e memória’, com fotografias e textos sobre 20 exemplares do patrimônio histórico e cultural brasileiros em edição trilíngue com textos em português, espanhol e inglês.
Para evidenciar a diversidade cultural brasileira, o livro registra patrimônios das cinco regiões do país. Da região Norte, apenas o Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, a Rocinha do Museu Emílio Goeldi e o Teatro Amazonas (AM) foram incluídos. O projeto é patrocinado pelo Ministério da Cultura e pelo BNDES.
As rocinhas, vivendas rurais utilizadas por seus proprietários como casa para temporadas de descanso, se espalharam pelos arredores de Belém durante o século XIX. A rocinha do Museu Goeldi foi construída em 1879 para a residência de Bento José da Silva Santos, cujas iniciais ainda podem ser lidas no alto da porta central. Em 1895, foi adquirida pelo Governo do Pará para a instalação do Museu. No prédio, o então diretor, o zoólogo Emílio Goeldi (1859-1917), instalou exposições, gabinetes e a biblioteca.
É um dos poucos exemplares que sobreviveram entre as mais de 300 rocinhas que existiam na cidade e o único onde é possível a visitação pública. A preservação de suas características arquitetônicas foi garantida por meio de intervenções realizadas na década de 1970 e em 2003-2005, quando o prédio foi restaurado e adaptado.
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